Este texto visa resumir alguns pontos fundamentais na compreensão da prática clínica esquizoanalítica.
Provisório e descartável... um estradear pelos planos de vida que são gestados no dia-a-dia da vivência clínica, onde os conceitos saltam dos livros e ganham uma vitalidade à nível das intervenções.
1. Sempre temos em mira que urge unir desejo e produção.
O desejo em Freud era pura reprodução, reedição teatral do triângulo edípico, e aqui é invenção e vida, novidade e criatividade.
A produção criativa do desejo e desejo criativo de produção... nos afastam da idéia de viver pelas faltas e nos permite seguir, degustando e fabricando mais vida pelo excesso.
Desejo-produção é unido com a superação do funcionamento marcado pela castração e consequente eterna falta e pela indrodução da exploração ativa do que podemos viver pela abundância, já que o inconsciente é produtivo e desejante, é excesso, sendo a falta apenas o registro da restrição imposta na formatação da subjetividade capitalísitica.
2. A intervenção clínica e social na esquizoanálise se dá na potência do e e dos entres...
Somos es... multiplicidades que negligenciamos pelo monopólio da identidade egóica... Deleuze afirma que é necessária matar o ego...
Devemos explorar os es ... nossos e da vida. Rizomatizar o próprio funcionamento e a própia vida.
No entre, transversalizamos as relações, e alisamos os espaços, que ao perder seus estriamentos se abre para a viabilização dos bons encontros e das paixões alegres.
3. Tudo se resume na idéia de que o valioso é caçar linhas de fuga, e para tanto identificar e anular/ desmontar as linhas de captura.
4. Não é uma clínica que se realiza à moda do trabalho das fábricas nem da racionalidade cartesiana-positivista, se inventa à moda dos bárbaros, dos loucos, das crianças e dos artistas... É brincar, é arte, é desrazão e é performace...
5. Ela se clareia quando visualizamos suas tarefas:
- tarefas negativas: corroer a identidade egóica; inibir, anular, desmontar as repetições, os bloqueios, os complexos; coibir os atravessamentos, o instituído e o organizado...
- tarefas positivas: fabricar linhas de fuga, singularizar-se, explorar e intensificar as multiplidades, experimentar o novo, dar-se ao devir e permitir-se diferente, buscar o acontecimento...
Em tudo , com todos, raspar o pólo paranóico e liberar as intensidades vivas do pólo esquizo.
6. Criar, montar uma caixa-de-ferramentas, roubando de todos os lugares o que possa ser útil à produção de vida.
7. Nunca interpretar, não sobrecodificar... Agenciar, bifurcando e propiciando as experimentações que ousem descobrir o que pode um corpo.
8. Resgatar Nietszche, com sua posição de desejo – vontade de potência e relações ativas de libertação.
9. Entender que temos tudo como virtualidade que a intervenção deve realizar a atualização da realteridade.
10. Ser cúmplice de Deleuze, quanto vê na arte a terapia mais efetiva...
11. Não normatizar crises, mas entendê-las como situações caosmóticas, espaços de reinvenção da vida e de si mesmo.
12. Recuperar o entendimento de vivermos três ecologias – meio ambiente, socius e subjetividade, e que todas necessitam estar sendo trabalhadas para que o homem não seja escravo de seus sintomas e histórias, mas que desperte na terapia para a construção de uma nova Terra e de um povo por-vir
2. A intervenção clínica e social na esquizoanálise se dá na potência do e e dos entres...
Somos es... multiplicidades que negligenciamos pelo monopólio da identidade egóica... Deleuze afirma que é necessária matar o ego...
Devemos explorar os es ... nossos e da vida. Rizomatizar o próprio funcionamento e a própia vida.
No entre, transversalizamos as relações, e alisamos os espaços, que ao perder seus estriamentos se abre para a viabilização dos bons encontros e das paixões alegres.
3. Tudo se resume na idéia de que o valioso é caçar linhas de fuga, e para tanto identificar e anular/ desmontar as linhas de captura.
4. Não é uma clínica que se realiza à moda do trabalho das fábricas nem da racionalidade cartesiana-positivista, se inventa à moda dos bárbaros, dos loucos, das crianças e dos artistas... É brincar, é arte, é desrazão e é performace...
5. Ela se clareia quando visualizamos suas tarefas:
- tarefas negativas: corroer a identidade egóica; inibir, anular, desmontar as repetições, os bloqueios, os complexos; coibir os atravessamentos, o instituído e o organizado...
- tarefas positivas: fabricar linhas de fuga, singularizar-se, explorar e intensificar as multiplidades, experimentar o novo, dar-se ao devir e permitir-se diferente, buscar o acontecimento...
Em tudo , com todos, raspar o pólo paranóico e liberar as intensidades vivas do pólo esquizo.
6. Criar, montar uma caixa-de-ferramentas, roubando de todos os lugares o que possa ser útil à produção de vida.
7. Nunca interpretar, não sobrecodificar... Agenciar, bifurcando e propiciando as experimentações que ousem descobrir o que pode um corpo.
8. Resgatar Nietszche, com sua posição de desejo – vontade de potência e relações ativas de libertação.
9. Entender que temos tudo como virtualidade que a intervenção deve realizar a atualização da realteridade.
10. Ser cúmplice de Deleuze, quanto vê na arte a terapia mais efetiva...
11. Não normatizar crises, mas entendê-las como situações caosmóticas, espaços de reinvenção da vida e de si mesmo.
12. Recuperar o entendimento de vivermos três ecologias – meio ambiente, socius e subjetividade, e que todas necessitam estar sendo trabalhadas para que o homem não seja escravo de seus sintomas e histórias, mas que desperte na terapia para a construção de uma nova Terra e de um povo por-vir
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