Uma contribuição para a construção do Serviço Público de Saúde Mental de Araxá, e para o exercício da cidadania e da sensibilidade.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
, Saudade...
, Saudade...
Lua, estrelas, cachoeira, riacho
Boas recordações
Liberdade, proteção
Chuva, purificação
Renovação... prazer é alegria!
Era vaca, virou rato...
Fornece coisas boas...
Cresce e se forma, transforma
Tem necessidades e lembranças
Uma coisa vai construindo outras...
Sol e alface,
Sem sol nada cresce
Sem sol não se vê o dia,
Não se anda pelas ruas...
Sol é alegria
Sem alegria não se vê o dia,
Não se anda pelas ruas!
Alegria...
Harmonia é equilíbrio
Materializamos o que sentimos
Isso nos faz poetas,
Organizamos o que sentimos
Transfiro minhas asas de águia para o papel,
São multicolores
As asas da liberdade tem cores
Amor, é a energia que traz equilíbrio,
Amor é um mundo colorido
Me transformei de lagarta em borboleta
Rompi o casulo da matéria
Para um vôo de liberdade
Quando descobrir meu eu verdadeiro
Não terei mais o que descobrir
Não terei mais sentido...
Num riacho, no pantanal
O sol nasce na barraca de lona
Não sentia medo, nem de animal, nem de índio
Só simplicidade e respeito
Pouco se tinha, muito se vivia
Hoje tenho muito e sou pouco feliz
As poucas alegrias de hoje acalentam...
Difícil é explicar a saudade que se sente...
Minha cachorrinha, é carinho, confiança, amizade, alegria...
Isso me distrai
É pensar em brincadeira... parece prazer!
Não dá conta de resumir tudo...
O ser humano precisa aprender a escutar,
Chamam de louco!
O que se vive é real, para você
Pode não ser para eles... mas é bom!!
Depois que rompi o casulo
Nas asas da imaginação
Dentro do pensamento livre
Eu cheguei ao céu
Descobri o mundo verdadeiro
Que está dentro do meu coração...
Poesia elaborada como construção coletiva em OFICINA DE PENSAMENTOS LIVRES, pelos usuários do Ambulatório de Saúde Mental de Araxá, em 06/07/2010.
SAÚDE MENTAL
Saúde Mental é um termo usado para descrever a qualidade de vida emocional de uma pessoa; é estar bem consigo e com os outros; é aprender a lidar com as exigências da vida, com as emoções boas e as desagradáveis de forma produtiva e criativa.
Em Araxá, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Serviço de Saúde Mental, vem desenvolvendo ações que visam a reinserção da pessoa com sofrimento mental em sua família e comunidade, resgatando qualidade de vida, participação social e cidadania.
Vários são os serviços oferecidos à população:
• Grupos de Acolhimento: “porta de entrada” para os serviços; é o primeiro contato com a equipe de saúde mental, oportunizando uma escuta qualificada e direcionando a clientela com resolutividade e evitando “filas de espera”.
• Grupos de Orientação Medicamentosa: atendimento realizado por uma equipe interdisciplinar oferecendo ao cliente outras referências de profissionais e de intervenção, além do médico psiquiatra e da medicação.
• Psicoterapia para todas as faixas etárias, em grupo ou individual.
• Acompanhamento por médicos psiquiatras, para todas as faixas etárias, em grupo ou individual, no Ambulatório de Saúde Mental e nas Unidades de Saúde
• Visitas domiciliares e hospitalar,
• Controle e aplicação de medicamentos injetáveis de uso contínuo,
• Grupos de acompanhamento familiar
• Atendimento ao usuário de álcool e outras drogas, em regime ambulatorial, no Ambulatório de Saúde Mental e nas Unidades de Saúde.
• Intervenção em escolas públicas, em cuidado preventivo em saúde mental na comunidade.
• Participação em grupos de gestantes e planejamento familiar, trabalho realizado em conjunto com as Equipes das Unidades de Saúde.
• Internação e acompanhamento de usuários em crise, no Hospital Geral (Santa Casa de Misericórdia de Araxá).
• Grupos de Convivência: espaço para encontros de vida entre as pessoas promovendo a troca de experiências e o resgate do convívio social.
• Oficinas terapêuticas: são desenvolvidas atividades de expressão através do artesanato, da música, do teatro, do corpo, de filmes, de notícias, de cultura e arte.
• Atividades culturais de lazer e mobilização social: passeios, comemorações de datas festivas (Luta Antimanicomial, Carnaval, Festa Junina, Dia Mundial da Saúde Mental) e de aniversariantes com a participação de usuários, trabalhadores, familiares e comunidade;
• Assembléia Geral: participação de usuários, familiares, trabalhadores, e amigos da Saúde Mental. Acontece na última segunda-feira de cada mês, às 14:00 horas, no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto.
• Capacitação e qualificação para os diversos setores (Agentes de Saúde, Colaboradores da Santa Casa, Equipes de Saúde Mental e Atenção Primária em Saúde), tendo como foco o tema da Saúde Mental, Atendimento à crise, Clínica Grupal e Aleitamento Materno.
• Apoio matricial da Equipe de Saúde Mental para as equipes de ESFs, como possibilidade de ampliação da rede de cuidados e parcerias intersetoriais, com foco no vínculo e na responsabilização compartilhada.
• Reunião Clínica no Ambulatório de Saúde Mental semanalmente, aberta a todos os profissionais de Saúde Mental.
• Reunião técnico-administrativa com a equipe de Saúde Mental, semanalmente, na Secretaria de Saúde, aberta aos demais profissionais da rede de saúde;
• Reunião com Equipes de Saúde Mental das Unidades de Saúde.
A maioria das atividades acontece nas Unidades de Saúde e Ambulatório de Saúde Mental, onde cada pessoa coloca sua demanda pessoal. Através de uma escuta atenta, a equipe de Saúde Mental, percebe sua necessidade e faz as ofertas possíveis dentro do serviço e em outros setores e serviços da saúde e da comunidade.
EQUIPE DE SAÚDE MENTAL:
Coordenação: Camila Bahia Leite – Leonice Inês Wojcik
UNINORTE:
• Assistente Social: Sandra
• Psiquiatras: Jair e Marta
• Psicólogas: Cristiane, Érica, Laila, Maria Izabel
UNILESTE:
• Assistente Social: Heleide
• Psiquiatras: Jair e Marta
• Psicólogos: Francielle, Iara, Maria José, Márcia Andrade, Donaldo
UNISUL:
• Assistente Social: Ester
• Psiquiatra: Marta
• Psicólogas: Lourdes, Mônica, Simone
UNISA:
• Assistente Social: Rikelma
• Psiquiatra: Jair e Marta
• Psicólogas: Ana Carolina, Laila, Maria Izabel, Mônica e Vânia
AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE SAÚDE MENTAL (POLICLÍNICA):
• Assistente Social: Zélia
• Psiquiatra: Marta
• Médico Clínico: Karina e Gislene
• Psicólogas: Francielle, Márcia Jardim, Terezinha, Patrícia, Iara e Cristiane
• Terapeuta Ocupacional: Priscila
• Enfermeiros: Leonice, Sander
• Técnicos de enfermagem: Ana Rita, Dalva, Maria do Carmo, Reginaldo
• Fisioterapeuta: Ana Lúcia
• Recepcionistas: Cláudia, Maria Cristina
• Auxiliar de serviços gerais: Alzira
• Motorista: Heider
--
Saúde Mental de Araxá
saudemental@araxá.mg.gov.br
(34)3691 7137
(34)3691 7138
Saúde Mental é um termo usado para descrever a qualidade de vida emocional de uma pessoa; é estar bem consigo e com os outros; é aprender a lidar com as exigências da vida, com as emoções boas e as desagradáveis de forma produtiva e criativa.
Em Araxá, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Serviço de Saúde Mental, vem desenvolvendo ações que visam a reinserção da pessoa com sofrimento mental em sua família e comunidade, resgatando qualidade de vida, participação social e cidadania.
Vários são os serviços oferecidos à população:
• Grupos de Acolhimento: “porta de entrada” para os serviços; é o primeiro contato com a equipe de saúde mental, oportunizando uma escuta qualificada e direcionando a clientela com resolutividade e evitando “filas de espera”.
• Grupos de Orientação Medicamentosa: atendimento realizado por uma equipe interdisciplinar oferecendo ao cliente outras referências de profissionais e de intervenção, além do médico psiquiatra e da medicação.
• Psicoterapia para todas as faixas etárias, em grupo ou individual.
• Acompanhamento por médicos psiquiatras, para todas as faixas etárias, em grupo ou individual, no Ambulatório de Saúde Mental e nas Unidades de Saúde
• Visitas domiciliares e hospitalar,
• Controle e aplicação de medicamentos injetáveis de uso contínuo,
• Grupos de acompanhamento familiar
• Atendimento ao usuário de álcool e outras drogas, em regime ambulatorial, no Ambulatório de Saúde Mental e nas Unidades de Saúde.
• Intervenção em escolas públicas, em cuidado preventivo em saúde mental na comunidade.
• Participação em grupos de gestantes e planejamento familiar, trabalho realizado em conjunto com as Equipes das Unidades de Saúde.
• Internação e acompanhamento de usuários em crise, no Hospital Geral (Santa Casa de Misericórdia de Araxá).
• Grupos de Convivência: espaço para encontros de vida entre as pessoas promovendo a troca de experiências e o resgate do convívio social.
• Oficinas terapêuticas: são desenvolvidas atividades de expressão através do artesanato, da música, do teatro, do corpo, de filmes, de notícias, de cultura e arte.
• Atividades culturais de lazer e mobilização social: passeios, comemorações de datas festivas (Luta Antimanicomial, Carnaval, Festa Junina, Dia Mundial da Saúde Mental) e de aniversariantes com a participação de usuários, trabalhadores, familiares e comunidade;
• Assembléia Geral: participação de usuários, familiares, trabalhadores, e amigos da Saúde Mental. Acontece na última segunda-feira de cada mês, às 14:00 horas, no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto.
• Capacitação e qualificação para os diversos setores (Agentes de Saúde, Colaboradores da Santa Casa, Equipes de Saúde Mental e Atenção Primária em Saúde), tendo como foco o tema da Saúde Mental, Atendimento à crise, Clínica Grupal e Aleitamento Materno.
• Apoio matricial da Equipe de Saúde Mental para as equipes de ESFs, como possibilidade de ampliação da rede de cuidados e parcerias intersetoriais, com foco no vínculo e na responsabilização compartilhada.
• Reunião Clínica no Ambulatório de Saúde Mental semanalmente, aberta a todos os profissionais de Saúde Mental.
• Reunião técnico-administrativa com a equipe de Saúde Mental, semanalmente, na Secretaria de Saúde, aberta aos demais profissionais da rede de saúde;
• Reunião com Equipes de Saúde Mental das Unidades de Saúde.
A maioria das atividades acontece nas Unidades de Saúde e Ambulatório de Saúde Mental, onde cada pessoa coloca sua demanda pessoal. Através de uma escuta atenta, a equipe de Saúde Mental, percebe sua necessidade e faz as ofertas possíveis dentro do serviço e em outros setores e serviços da saúde e da comunidade.
EQUIPE DE SAÚDE MENTAL:
Coordenação: Camila Bahia Leite – Leonice Inês Wojcik
UNINORTE:
• Assistente Social: Sandra
• Psiquiatras: Jair e Marta
• Psicólogas: Cristiane, Érica, Laila, Maria Izabel
UNILESTE:
• Assistente Social: Heleide
• Psiquiatras: Jair e Marta
• Psicólogos: Francielle, Iara, Maria José, Márcia Andrade, Donaldo
UNISUL:
• Assistente Social: Ester
• Psiquiatra: Marta
• Psicólogas: Lourdes, Mônica, Simone
UNISA:
• Assistente Social: Rikelma
• Psiquiatra: Jair e Marta
• Psicólogas: Ana Carolina, Laila, Maria Izabel, Mônica e Vânia
AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE SAÚDE MENTAL (POLICLÍNICA):
• Assistente Social: Zélia
• Psiquiatra: Marta
• Médico Clínico: Karina e Gislene
• Psicólogas: Francielle, Márcia Jardim, Terezinha, Patrícia, Iara e Cristiane
• Terapeuta Ocupacional: Priscila
• Enfermeiros: Leonice, Sander
• Técnicos de enfermagem: Ana Rita, Dalva, Maria do Carmo, Reginaldo
• Fisioterapeuta: Ana Lúcia
• Recepcionistas: Cláudia, Maria Cristina
• Auxiliar de serviços gerais: Alzira
• Motorista: Heider
--
Saúde Mental de Araxá
saudemental@araxá.mg.gov.br
(34)3691 7137
(34)3691 7138
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Carta Denúncia
Olá amigos da luta antimanicomial! Segue em anexo uma carta-denúncia feita por trabalhador(a) da rede de saúde mental do município, que pediu para o nome não ser revelado:
Estamos enviando à Coordenação Nacional de Saúde Mental comunicado sobre a situação agravante que se encontra a Saúde Mental do município de Natal.
Apesar de ter uma política norteada pelas diretrizes do SUS e da Política Nacional de Saúde Mental, não se pode negar que, atualmente, o município de Natal vem enfrentado sérias dificuldades de gerenciamento e de políticas.
Tais dificuldades vêm se configurando como verdadeiros entraves para a consolidação de avanços necessários à efetivação da Rede de Saúde Mental deste município e para a democratização do processo de construção da cidadania de usuários, familiares e trabalhadores de Saúde Mental de Natal. Sobretudo porque os atuais gestores se pautam pela total inobservância de uma política de saúde mental aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde e referenciada pelas Conferências de Saúde Mental, além de Audiência Pública na Câmara Municipal realizada em novembro de 2009.
Tal constatação reflete-se na situação retratada no relato abaixo discriminado:
Trabalho em um serviço de saúde do município de Natal (especificamente CAPS infano-juvenil) e quero registrar por meio deste manifesto denúncia em nome dos trabalhadores do referido CAPS e dos trabalhadores de Saúde Mental do município de Natal/RN, referente à CLARA PERSEGUIÇÃO, COAÇÃO, ASSÉDIO MORAL contra servidores públicos que prestam serviços, de forma honrosa, a rede de Saúde Mental desta cidade.
Recentemente, todos os CAPS de Natal e mais o Ambulatório de Saúde Mental reivindicaram junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) melhores CONDIÇÕES DE TRABALHO (e não condições salariais, quero frisar). Isso foi feito durante reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde (gravada em vídeo c/ áudio), no dia 24/jun/10 (o plenário estava lotado por usuários, familiares e funcionários). Antes desta reunião com o Conselho houve outra, na qual só participaram funcionários dos CAPS’s e Ambulatório, para levantar os principais problemas que estavam (e continuam) inviabilizando o funcionamento de tais serviços de saúde. Essa reunião aconteceu no CAPS AD LESTE, porém os funcionários de lá não quiseram participar (participaram apenas a administradora e uma médica) e questionou-se a ausência da diretora de lá que sabia onde e quando a reunião aconteceria (soube-se depois, que essa diretora registrou que a reunião aconteceu à revelia do serviço).
Ficou então acertado que uma comissão, formada por 1 representante de cada serviço, iria redigir um documento (que chamamos de CARTA DOS SERVIÇOS) explicitando as condições que inviabilizam a prestação de serviços da rede de saúde mental de Natal a contento.
Foi comunicado em cada CAPS que haveria uma reunião geral com todos os usuários de todos os CAPS e Ambulatório, no auditório/teatro do CAPS infanto-juvenil que comportaria o número esperado de pessoas, trabalhadores e usuários da rede. FRISO QUE ESSAS REUNIÕES COM USUÁRIOS FAZEM PARTE DA ROTINA E DA FUNÇÃO DESSES SERVIÇOS. A reunião aconteceu e a próxima foi a relatada no Conselho.
Claramente, após essas reuniões e 1 dia antes da reunião ocorrida no Conselho, a diretora do CAPS infantil foi exonerada juntamente com a coordenadora de saúde mental do município. Nenhum outro CAPS teve cargo comissionado destituído, mas a destituição é incontestável.
O que contesto e denuncio é que a servidora pública, antes diretora do CAPSi, também é Psicóloga do serviço. Serviço este que é o ÚNICO EM NATAL ESPECIALIZADO PARA ATENDER CRIANÇAS E ADOLESCENTES quer em uso abusivo de drogas, quer portadoras de transtorno mental grave. Escrevo para deixar claro aos colegas servidores públicos que estamos sendo submetidos claramente a coação e assédio moral. A saída FORÇADA/OBRIGADA e à REVELIA, de uma psicóloga do caps infanto-juvenil, ESPECIALISTA EM SAÚDE MENTAL (por titulação e por experiência profissional), sanitarista, com reconhecimento no setor público e privado pelo seu trabalho com crianças e adolescentes, vem claramente expor essa situação.
A psicóloga em questão foi OBRIGADA a deixar o ÚNICO SERVIÇO ESPECIALIZADO QUE ATENDE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE NATAL e também PROIBIDA de atuar EM QUALQUER OUTRO SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL do município, o que deixa um serviço ESPECIALIZADO AINDA MAIS CARENTE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS e toda a rede de saúde mental mais fragilizada.
Justificativa escrita para tal saída e imposição: NENHUMA, APENAS, ORDENS SUPERIORES. O que temos encarado como uma situação vulgarmente chamada de: "bode expiatório"!
Não obstante, há OUTRAS CATEGORIAS profissionais que estão sendo questionadas quanto a sua presença num serviço tipo CAPS, o que nos leva a crer que outros funcionários podem ser ainda mais brutal e moralmente assediados do que já estamos todos sendo , caso queiram dialogar sobre problemas a serem enfrentados no trabalho. O que por sinal, não foi feito pela psicóloga do caps Infantil, não de forma isolada nem sendo ela a pessoa que incitou ou começou a mobilização dos caps, que sabemos que fomos todos nós e não uma única pessoa.
Para que não sejamos os próximos a serem ARBITRARIAMENTE E DITATORIALMENTE FORÇADOS A SAIR DO LOCAL DE TRABALHO E ÁREA DE ATUAÇÃO, peço que repassem para outras pessoas. A sugestão dada é que façamos várias DENÚNCIAS, tanto na Promotoria de Saúde, quanto na Procuradoria Geral de Justiça, Promotoria do Patrimônio Público, além do Sindsaúde. Por favor, repassem para os colegas que realmente apoiam a causa e também para os usuários, já que no caso destes últimos, estamos impossibilitados de fazer no CAPSi.
Outrossim, próprio Secretário de Saúde, além de seus subordinados, dizem abertamente que o PODER EXECUTIVO é quem DETERMINA os atos administrativos, MAS NÃO ACREDITO QUE ESTES ATOS E ESTE PODER possa passar POR CIMA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE QUALIDADE À POPULAÇÃO E POR CIMA DOS DIREITOS DOS FUNCIONÁRIOS, inclusive coagindo-os.
Vale salientar que os serviços estão sendo abastecidos de materiais que há mais de 1 ano não eram fornecidos apesar de constantemente solicitados tanto da parte dos serviços de saúde mental existentes, quanto da parte da coordenação de saúde mental anterior. (atualmente destituída).
Outros funcionários também estão dispostos a falar. Estamos indignados com o regime de DITADURA que está sendo empregado pela Prefeitura Municipal de Natal. O caso aqui citado é apenas 1 de vários outros que é de conhecimento do SETOR DE RECURSOS HUMANOS da SMS e de outras Secretarias, além de conhecimento do SINDSAÚDE.
http://cadesualoucura.blogspot.com
15 de julho de 2010
15 de julho de 2010
As Siglas, Os Usuários e Os Familiares
Existe uma camisa-de-força que nos classifica, que nos separa e, que acaba se transformando em um retrocesso no movimento da saúde mental. Hoje, devemos estar inseridos em uma das duas classificações, ou somos MNLA, ou somos Rede Internúcleos, porém, diante da angústia dos usuários e dos familiares, esta questão de siglas... é o que menos importa.
Nem seccionar, nem segregar, não é esta a nossa intenção, absolutamente, ao contrário. Nossa intenção é ter como meta a união dos movimentos sociais e da reforma psiquiátrica. Precisamos repensar nossos desafios e o nosso futuro, como força de mudança. Precisamos estar articulados, integrados, unidos e fortalecidos. Nossas metas precisam ser debatidas sempre, sem que fiquemos, somente, na “queixa paralisante”. Precisamos ter critérios bastante nítidos e claros. Nossa participação tem que ser feita só como movimento social, sempre em expansão, sem nos permitir ser monopolizados, ou mesmo, sermos monopolizadores. Temos que estar preparados, acima de tudo, para sermos – INDEPENDENTES!
Mais uma conferência. Ainda é cedo para uma avaliação, entretanto, de imediato, foi muito produtiva, avançamos muito, mas, por enquanto, tudo está só no papel. O tempo dirá se as propostas aprovadas serão colocadas em prática – aguardemos, pois...
O movimento social esteve presente com muita ênfase. Usuários, familiares, técnicos, intersetorialidade tiveram a possibilidade de discutir com ampla e total liberdade, suas propostas que, agora, passarão por um processo de decantação, para se autenticarem – ou não. Naquele calor dos debates, não conseguimos perceber tudo e nem nos lembrar de que, poderíamos haver feito outras propostas, que somente agora, nos ocorrem.
A proposta que não foi feita: Que usuários e familiares não usem em suas apresentações, seu pertencimento a esta ou àquela sigla. Que existam quantas siglas existirem, porém, que elas não sejam usadas para nos identificar, como gado marcado a ferro. Sugerimos que a apresentação seja feita, apenas, como: fulano-de-tal/usuário/familiar/técnico/ simpatizante; militante da saúde mental e da reforma psiquiátrica e local de orígem. Sabedores da nossa importância, dispensamos o uso das siglas. Estas siglas que nos identificam, lembram o caso do cartão para requisição de medicamentos com o carimbo “esquizofrênico”, denunciado neste grupo, e que, nos causou tanta indignação.
Nossa fala é a fala do familiar, do observador da cena política, dos movimentos sociais, da sociedade civil, da cultura, da política institucional e da política da saúde, que são temas conflituosos sabemos, mas, de um conflito transformador e criativo. A operação “ficha-limpa” não deveria se restringir, apenas, aos políticos, mas, ser extensiva a todos, sem exceção.
Nessa próxima eleição que está se pondo, queremos saber dos candidatos, qual a sua programação para a saúde mental, nas três esferas de governo. Nós, usuários e familiares, precisamos ter estratégias e propostas claras e objetivas, a fim de evitar sermos manipulados por lideranças messiânicas, ideologias, crenças, religiões, partidos políticos, laboratórios, sindicatos, conselhos, instituições corporativistas e etc. Disputas hegemônicas deverão, sempre, ser denunciadas. As lideranças serão espontâneas e, deverão submergir, a fim de que haja espaço para que outras ocupem esse lugar.
Geraldo Peixoto e Dulce , representantes dos familiares, implicados com a luta antimanicomial.
Nem seccionar, nem segregar, não é esta a nossa intenção, absolutamente, ao contrário. Nossa intenção é ter como meta a união dos movimentos sociais e da reforma psiquiátrica. Precisamos repensar nossos desafios e o nosso futuro, como força de mudança. Precisamos estar articulados, integrados, unidos e fortalecidos. Nossas metas precisam ser debatidas sempre, sem que fiquemos, somente, na “queixa paralisante”. Precisamos ter critérios bastante nítidos e claros. Nossa participação tem que ser feita só como movimento social, sempre em expansão, sem nos permitir ser monopolizados, ou mesmo, sermos monopolizadores. Temos que estar preparados, acima de tudo, para sermos – INDEPENDENTES!
Mais uma conferência. Ainda é cedo para uma avaliação, entretanto, de imediato, foi muito produtiva, avançamos muito, mas, por enquanto, tudo está só no papel. O tempo dirá se as propostas aprovadas serão colocadas em prática – aguardemos, pois...
O movimento social esteve presente com muita ênfase. Usuários, familiares, técnicos, intersetorialidade tiveram a possibilidade de discutir com ampla e total liberdade, suas propostas que, agora, passarão por um processo de decantação, para se autenticarem – ou não. Naquele calor dos debates, não conseguimos perceber tudo e nem nos lembrar de que, poderíamos haver feito outras propostas, que somente agora, nos ocorrem.
A proposta que não foi feita: Que usuários e familiares não usem em suas apresentações, seu pertencimento a esta ou àquela sigla. Que existam quantas siglas existirem, porém, que elas não sejam usadas para nos identificar, como gado marcado a ferro. Sugerimos que a apresentação seja feita, apenas, como: fulano-de-tal/usuário/familiar/técnico/ simpatizante; militante da saúde mental e da reforma psiquiátrica e local de orígem. Sabedores da nossa importância, dispensamos o uso das siglas. Estas siglas que nos identificam, lembram o caso do cartão para requisição de medicamentos com o carimbo “esquizofrênico”, denunciado neste grupo, e que, nos causou tanta indignação.
Nossa fala é a fala do familiar, do observador da cena política, dos movimentos sociais, da sociedade civil, da cultura, da política institucional e da política da saúde, que são temas conflituosos sabemos, mas, de um conflito transformador e criativo. A operação “ficha-limpa” não deveria se restringir, apenas, aos políticos, mas, ser extensiva a todos, sem exceção.
Nessa próxima eleição que está se pondo, queremos saber dos candidatos, qual a sua programação para a saúde mental, nas três esferas de governo. Nós, usuários e familiares, precisamos ter estratégias e propostas claras e objetivas, a fim de evitar sermos manipulados por lideranças messiânicas, ideologias, crenças, religiões, partidos políticos, laboratórios, sindicatos, conselhos, instituições corporativistas e etc. Disputas hegemônicas deverão, sempre, ser denunciadas. As lideranças serão espontâneas e, deverão submergir, a fim de que haja espaço para que outras ocupem esse lugar.
Geraldo Peixoto e Dulce , representantes dos familiares, implicados com a luta antimanicomial.
Rede HumanizaSUS
sábado, 17 de julho de 2010
HumanizaSUS e a Estratéiga Brasielirinhas e Brasileirinhos Saudáveis - Primeiros Passos Para o Dsenvolvimento Nacional
A Política Nacional de Humanização participa de um grupo de trabalho no MS, desde 2007, com o objetivo de integrar as ações para o desenvolvimento saudável de crianças de zero a 06 anos de idade. Espera-se que, até o final de 2010, a “Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis: Primeiros Passos para o Desenvolvimento Nacional” apresente resultados que a transforme em política de Estado.
Leia abaixo sobre mais essa frente de ação da PNH
Em 2007, esse grupo de trabalho apresentou um projeto de articulação de todas as iniciativas ministeriais identificáveis com o trabalho de atenção à primeira infância e ao desenvolvimento emocional.
Um dos produtos desse GT, o Documento de Referência – Brasileirinhos Saudáveis – Primeira Infância Saudável: ações para a qualificação e humanização da sociedade brasileira, subsidiou a elaboração do PAC Saúde.
Em 2009, por meio da Portaria GM nº 2395, de 07.10.2009, foi instituída a Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis e o Comitê Técnico-Consultivo (CTC) para sua implementação.
“A Estratégia se apóia na idéia de que a integração do ser humano ao macro ambiente social vem precedido de toda uma sorte de experiências do chamado ‘ambiente facilitador’ dos primórdios de sua vida, relacionado à vivência de dependência total do outro ser humano que lhe devota cuidados fundamentais, em geral, a mãe, sendo esta a base da formulação do que denominamos determinantes psíquicos da Saúde.
Foram então consideradas as repercussões de determinantes sociais na relação mãe-bebê, e seus possíveis efeitos sobre a saúde mental de ambos nesta fase inicial.
É lembrada a importância deste componente da saúde na expressão do potencial do indivíduo e na sua capacidade de interação e produção social, que afetam a fruição e o exercício pleno de sua cidadania, assim como o desenvolvimento mais amplo da sociedade em que vive.
A associação entre saúde, qualidade de vida e desenvolvimento do país e a fruição destes bens inquestionáveis por cada brasileiro, aponta para a importância de destacar a área de Promoção da saúde como a mais relevante estratégia do setor, para evitar o enfoque biomédico tradicional e realizar um diálogo intersetorial com a reorientação dos serviços de saúde.” (extraído da apresentação de Dra. Liliane Penello)
Objetivo:
Integrar ações para o desenvolvimento saudável de crianças de zero a 06 anos de idade, estimulando habilidades físicas, psíquicas, cognitivas e sociais.
Público-alvo:
Crianças de o a 6 anos de idade.
Marcos Referenciais/Programas:
- Primeira Infância Melhor (PIM) do Estado do Rio Grande do Sul,
- Mãe Coruja Pernambucana,
- Mãe Curitibana,
- Programa de Saúde na Escola e na Creche no Município do Rio de Janeiro - Carioquinhas Saudáveis
entre outros, lembradas pelo pioneirismo, ousadia e trabalho árduo para efetivação de propostas desta magnitude.
Leia abaixo sobre mais essa frente de ação da PNH
Em 2007, esse grupo de trabalho apresentou um projeto de articulação de todas as iniciativas ministeriais identificáveis com o trabalho de atenção à primeira infância e ao desenvolvimento emocional.
Um dos produtos desse GT, o Documento de Referência – Brasileirinhos Saudáveis – Primeira Infância Saudável: ações para a qualificação e humanização da sociedade brasileira, subsidiou a elaboração do PAC Saúde.
Em 2009, por meio da Portaria GM nº 2395, de 07.10.2009, foi instituída a Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis e o Comitê Técnico-Consultivo (CTC) para sua implementação.
“A Estratégia se apóia na idéia de que a integração do ser humano ao macro ambiente social vem precedido de toda uma sorte de experiências do chamado ‘ambiente facilitador’ dos primórdios de sua vida, relacionado à vivência de dependência total do outro ser humano que lhe devota cuidados fundamentais, em geral, a mãe, sendo esta a base da formulação do que denominamos determinantes psíquicos da Saúde.
Foram então consideradas as repercussões de determinantes sociais na relação mãe-bebê, e seus possíveis efeitos sobre a saúde mental de ambos nesta fase inicial.
É lembrada a importância deste componente da saúde na expressão do potencial do indivíduo e na sua capacidade de interação e produção social, que afetam a fruição e o exercício pleno de sua cidadania, assim como o desenvolvimento mais amplo da sociedade em que vive.
A associação entre saúde, qualidade de vida e desenvolvimento do país e a fruição destes bens inquestionáveis por cada brasileiro, aponta para a importância de destacar a área de Promoção da saúde como a mais relevante estratégia do setor, para evitar o enfoque biomédico tradicional e realizar um diálogo intersetorial com a reorientação dos serviços de saúde.” (extraído da apresentação de Dra. Liliane Penello)
Objetivo:
Integrar ações para o desenvolvimento saudável de crianças de zero a 06 anos de idade, estimulando habilidades físicas, psíquicas, cognitivas e sociais.
Público-alvo:
Crianças de o a 6 anos de idade.
Marcos Referenciais/Programas:
- Primeira Infância Melhor (PIM) do Estado do Rio Grande do Sul,
- Mãe Coruja Pernambucana,
- Mãe Curitibana,
- Programa de Saúde na Escola e na Creche no Município do Rio de Janeiro - Carioquinhas Saudáveis
entre outros, lembradas pelo pioneirismo, ousadia e trabalho árduo para efetivação de propostas desta magnitude.
Núcleo Executivo do MS/SUS:
- Presidência da República
- Gabinete do Ministro
- FIOCRUZ
- Departamento de Atenção Básica
- Área Técnica da Saúde da Criança
- Área Técnica da Saúde da Mulher
- Área Técnica da Saúde Mental
- Política Nacional de Humanização
- CONASS
- CONASEMS
Desafios:
1ª) Como efetivar a articulação e transversalização entre as diversas ações?
2ª) Como assegurar a inclusão de novos desafios na agenda, como a promoção de saúde inovando na inclusão de seus determinantes psíquicos?
Desenvolvimento:
Sua primeira fase se dará em municípios-pilotos, cidades com mais de 100 mil habitantes e que foram selecionadas por critérios definidos pela Câmara de Políticas Sociais da Presidência da República.
- Presidência da República
- Gabinete do Ministro
- FIOCRUZ
- Departamento de Atenção Básica
- Área Técnica da Saúde da Criança
- Área Técnica da Saúde da Mulher
- Área Técnica da Saúde Mental
- Política Nacional de Humanização
- CONASS
- CONASEMS
Desafios:
1ª) Como efetivar a articulação e transversalização entre as diversas ações?
2ª) Como assegurar a inclusão de novos desafios na agenda, como a promoção de saúde inovando na inclusão de seus determinantes psíquicos?
Desenvolvimento:
Sua primeira fase se dará em municípios-pilotos, cidades com mais de 100 mil habitantes e que foram selecionadas por critérios definidos pela Câmara de Políticas Sociais da Presidência da República.
São eles: Região CO (Campo Grande), NE (Recife), NO (Rio Branco), SE (Rio de Janeiro) e SC (Florianópolis).
Oficinas:
Estão previstas 05 oficinas, conforme calendário abaixo:
- 1ª Oficina - Fevereiro – 23, terça-feira
Apresentação da estratégia após reunião com a Presidência da República
- 2ª Oficina - Maio – 27, quinta-feira
Acolhimento das experiências das redes e hierarquização dos desafios
- 3ª Oficina - Julho – 29, quinta-feira
Implementação do debate transversal com a presença de todos os ministérios
- 4ª Oficina - Setembro – 30, quinta-feira
Debate da primeira versão dos Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis como política de Estado
- 5ª Oficina - Novembro – 25, quinta-feira
Aprovação nesse fórum da proposta de Política de Estado a ser encaminhada à Presidência da República.
Oficinas:
Estão previstas 05 oficinas, conforme calendário abaixo:
- 1ª Oficina - Fevereiro – 23, terça-feira
Apresentação da estratégia após reunião com a Presidência da República
- 2ª Oficina - Maio – 27, quinta-feira
Acolhimento das experiências das redes e hierarquização dos desafios
- 3ª Oficina - Julho – 29, quinta-feira
Implementação do debate transversal com a presença de todos os ministérios
- 4ª Oficina - Setembro – 30, quinta-feira
Debate da primeira versão dos Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis como política de Estado
- 5ª Oficina - Novembro – 25, quinta-feira
Aprovação nesse fórum da proposta de Política de Estado a ser encaminhada à Presidência da República.
Anexos
Parte 1
- Documento de Referência - Brasileirinhos Saudáveis – Primeira Infância Saudável: ações para a qualificação e humanização da sociedade brasileira Documento de Referência;
- Portaria GM – nº 2395, de 07.10.09
- Programação – 1ª Oficina Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis...
Parte II - 1ª Oficina - em 23.02.2010
- Apresentações em ppt. Por serem extensas (maiores que 2MB) serão disponibilizadas, posteriormente, no site www.saude.gov.br/humanizasus.
- Relatório - Tão logo o recebamos.
Aguardem!
Rede HumanizaSUS
Fiocruz é Sede da Estratégia Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis
O projeto faz parte da construção de uma política integrada de promoção e atenção no campo da saúde materno-infantil.
A partir deste ano, o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) será sede da estratégia "Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis: Primeiros Passos para o Desenvolvimento Nacional". Trata-se de uma importante ação de promoção da saúde mental no âmbito da saúde pública que atende às recomendações da Comissão Nacional de Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), produzindo ações, estratégias e políticas voltadas para a primeira infância. A proposta inicial foi apresentada pela pesquisadora da Fiocruz Liliane Penello em 2007, como sugestão para compor o Eixo Promoção da Saúde, integrante do plano orientador das ações do Ministério dentro da lógica do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal na área da Saúde (PAC-Saúde).
O projeto faz parte da construção de uma política integrada de promoção e atenção no campo da saúde materno- infantil, visando a diminuição da mortalidade, principalmente para a população até 6 anos de vida, e foca o desenvolvimento emocional primitivo dos indivíduos, como espaço potencial de produção de saúde e destaque ao componente psicológico na produção dos determinantes sociais. Propõe estratégias de atenção à saúde da mulher desde a gestação até o final do primeiro ano de vida do bebê, uma vez que nesta fase seu corpo e sua mente demandam cuidados que integram a saúde física e mental.
Além disso, utiliza um modelo explicativo complementar ao componente psicológico em relação à produção dos determinantes sociais. O projeto visa garantir a qualidade de vida e estimular habilidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais, priorizando não apenas a sobrevivência, mas o crescimento e desenvolvimento integral da criança. Desta forma, a chegada do brasileirinho ao mundo vinha qualificada desde o berço, por um ambiente de acolhimento favorável ao seu desenvolvimento, respeitando a força e a potência de sua herança genética. "Acredita-se que é essencial à saúde mental, que o bebê e a criança pequena tenham a vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua com a mãe, ou mãe substituta permanente, na qual ambas encontrem satisfação e prazer" , explica Liliane.
Fonte: FIOCRUZ
O Modelo de Reforma Psiquiátrica Brasileiro é Reforçado na IV Conferência Nacional de Saúde Mental
Participantes da IV CNSM decidem pela criação de grupos de ajuda mútua, ampliação da rede psicossocial e experiência obrigatória de recém-formados no SUS.
Nove anos depois de ser implementada, a Reforma Psiquiátrica brasileira ganhou novo fôlego após a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial (IV CNSM-I), em Brasília. As propostas aprovadas pelos participantes reforçam o modelo de serviço aberto e humanizado, adotado pelo Ministério da Saúde, para atender pessoas com transtornos mentais. Ao todo, 1.235 sugestões foram analisadas por mais de mil pessoas, entre especialistas, pacientes e familiares.
A criação de Grupos de Ajuda Mútua de Doentes Mentais foi uma das decisões de destaque. Inspirada em experiências internacionais bem-sucedidas, a proposta baseia-se em encontros de até 20 usuários do serviço de saúde mental para discutir sobre as adversidades do dia a dia e como enfrentá-las. Um projeto-piloto já foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e contou com financiamento do Ministério da Saúde. Foram repassados, neste ano, R$ 181 mil para a UFRJ promover as reuniões e capacitar os próprios pacientes a atuar como líderes das discussões.
Ao integrar um grupo de apoio, a pessoa com transtorno mental começa a estabelecer vínculos e fortalece as amizades. “Esse suporte emocional rompe com o autoisolamento do paciente e contribui com a reabilitação dele. É um dos dispositivos mais eficazes no acompanhamento contínuo de casos graves”, avalia o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado.
AVANÇOS – A IV CNSM-I também aprovou a expansão da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Hoje, são 1.541 em todo o País – o equivalente a 0,63 para cada grupo de 100 mil habitantes. A cobertura é considerada boa, de acordo com parâmetros internacionais. Agora, a meta será ampliar a quantidade de CAPS III, que funcionam 24 horas para acolher, inclusive, usuários em crise.
Os CAPS garantem um atendimento comunitário a pessoas que sofrem de problemas como esquizofrenia e transtornos de ansiedade ou de adaptação. O tratamento, que envolve o convívio familiar e a socialização do paciente, vem substituindo gradualmente o modelo manicomial, que implica o isolamento característico dos hospitais psiquiátricos. Essa mudança foi determinada pela Lei 10.216, de 2001. Por unanimidade, os delegados da conferência votaram a favor de uma proposta que impede a revisão dessa lei. “Todos os participantes rejeitam qualquer retrocesso que possa haver nas conquistas alcançadas pela Reforma Psiquiátrica. O nosso desafio é fortalecer a rede psicossocial e, para os casos de internação, aumentar os leitos psiquiátricos em hospitais gerais, que estão perto da comunidade”, sublinha o coordenador de Saúde Mental, Pedro Gabriel Delgado.
FORMAÇÃO – Uma das sugestões que deverão ser incluídas no relatório final conclusivo da IV CNSM-I é a de que recém-graduados em áreas relacionadas à saúde mental atuem na rede pública por um período pré-determinado. A proposta inclui brasileiros formados em instituições públicas e particulares. Eles poderão entrar em contato com os CAPS ou participar da atenção básica por meio das equipes da Estratégia Saúde da Família. “A intenção é aumentar a presença de psiquiatras, psicólogos e demais profissionais do setor em áreas como a Amazônia, onde o acesso ao serviço de saúde mental ainda não é o ideal”, explica Delgado. A prestação desse tipo de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser regulamentada em conjunto pelos ministérios da Saúde e Educação.
Todos os itens aprovados na conferência vão constar do relatório conclusivo do evento. Esse documento deve balizar as novas ações que passarão a integrar a Política Nacional de Saúde Mental.
Nove anos depois de ser implementada, a Reforma Psiquiátrica brasileira ganhou novo fôlego após a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial (IV CNSM-I), em Brasília. As propostas aprovadas pelos participantes reforçam o modelo de serviço aberto e humanizado, adotado pelo Ministério da Saúde, para atender pessoas com transtornos mentais. Ao todo, 1.235 sugestões foram analisadas por mais de mil pessoas, entre especialistas, pacientes e familiares.
A criação de Grupos de Ajuda Mútua de Doentes Mentais foi uma das decisões de destaque. Inspirada em experiências internacionais bem-sucedidas, a proposta baseia-se em encontros de até 20 usuários do serviço de saúde mental para discutir sobre as adversidades do dia a dia e como enfrentá-las. Um projeto-piloto já foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e contou com financiamento do Ministério da Saúde. Foram repassados, neste ano, R$ 181 mil para a UFRJ promover as reuniões e capacitar os próprios pacientes a atuar como líderes das discussões.
Ao integrar um grupo de apoio, a pessoa com transtorno mental começa a estabelecer vínculos e fortalece as amizades. “Esse suporte emocional rompe com o autoisolamento do paciente e contribui com a reabilitação dele. É um dos dispositivos mais eficazes no acompanhamento contínuo de casos graves”, avalia o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado.
AVANÇOS – A IV CNSM-I também aprovou a expansão da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Hoje, são 1.541 em todo o País – o equivalente a 0,63 para cada grupo de 100 mil habitantes. A cobertura é considerada boa, de acordo com parâmetros internacionais. Agora, a meta será ampliar a quantidade de CAPS III, que funcionam 24 horas para acolher, inclusive, usuários em crise.
Os CAPS garantem um atendimento comunitário a pessoas que sofrem de problemas como esquizofrenia e transtornos de ansiedade ou de adaptação. O tratamento, que envolve o convívio familiar e a socialização do paciente, vem substituindo gradualmente o modelo manicomial, que implica o isolamento característico dos hospitais psiquiátricos. Essa mudança foi determinada pela Lei 10.216, de 2001. Por unanimidade, os delegados da conferência votaram a favor de uma proposta que impede a revisão dessa lei. “Todos os participantes rejeitam qualquer retrocesso que possa haver nas conquistas alcançadas pela Reforma Psiquiátrica. O nosso desafio é fortalecer a rede psicossocial e, para os casos de internação, aumentar os leitos psiquiátricos em hospitais gerais, que estão perto da comunidade”, sublinha o coordenador de Saúde Mental, Pedro Gabriel Delgado.
FORMAÇÃO – Uma das sugestões que deverão ser incluídas no relatório final conclusivo da IV CNSM-I é a de que recém-graduados em áreas relacionadas à saúde mental atuem na rede pública por um período pré-determinado. A proposta inclui brasileiros formados em instituições públicas e particulares. Eles poderão entrar em contato com os CAPS ou participar da atenção básica por meio das equipes da Estratégia Saúde da Família. “A intenção é aumentar a presença de psiquiatras, psicólogos e demais profissionais do setor em áreas como a Amazônia, onde o acesso ao serviço de saúde mental ainda não é o ideal”, explica Delgado. A prestação desse tipo de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser regulamentada em conjunto pelos ministérios da Saúde e Educação.
Todos os itens aprovados na conferência vão constar do relatório conclusivo do evento. Esse documento deve balizar as novas ações que passarão a integrar a Política Nacional de Saúde Mental.
Diego Iraheta, da Agência Saúde
Marcadores:
Conferência de Saúde,
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Projetos,
Rede Substitutiva,
Reforma Psiquiátrica
Elementar Meu Caro Temporão
Temporão defende promoção da saúde mental desde a infância
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (30), durante a 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que o grande desafio é trabalhar na promoção da saúde do indivíduo desde a sua concepção, por meio de ações intersetoriais envolvendo outros ministérios.
“Precisamos de políticas intersetoriais voltadas à mulher na gestação, na atenção ao parto e na capacidade dessa mãe de cuidar do seu bebê até os 5 anos. É nesse período que se estrutura, do ponto de vista biológico e psíquico, o que vai ser o futuro cidadão”.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (30), durante a 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que o grande desafio é trabalhar na promoção da saúde do indivíduo desde a sua concepção, por meio de ações intersetoriais envolvendo outros ministérios.
Temporão destacou o Projeto Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis: Primeiros Passos para o Desenvolvimento Nacional como uma experiência positiva que está ocorrendo em alguns municípios, nas cinco regiões do país.
O projeto trabalha com estratégias de atenção à saúde da mulher desde a gestação até o fim do primeiro ano de vida do bebê, uma vez que nessa fase seu corpo e sua mente demandam cuidados que integram a saúde física e mental.
“Precisamos evitar que a doença se instale no desenvolvimento emocional primitivo do indivíduo, nos primeiros estágios de vida. Isso tem muito a ver com evitar o transtorno mental e a drogadição quando esse bebê se tornar jovem e adulto”, afirmou.
Sobre a reforma psiquiátrica, Temporão disse que apesar das críticas feitas pelos movimentos conservadores, ela veio para ficar e qualificar o atendimento à saúde mental no país.
“A principal conquista da reforma psiquiátrica é a luta contra o estigma, o preconceito e a exclusão. Temos que defender a reforma psiquiátrica como um patrimônio do Brasil. Ela não será estancada, como querem alguns movimentos conservadores”, acrescentou.
Agência Brasil
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Saúde Materno-Infantil
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Texto: Narciso Cego
Thiago de Mello
Tudo o que de mim se perde
acrescenta-se ao que sou.
Contudo, me desconheço.
Pelas minhas cercanias
passeio – não me freqüento.
Por sobre fonte erma e esquiva
flutua-me íntegra, a face.
Mas nunca me vejo: e sigo
com face mal disfarçada.
Oh que amargo é o não poder
rosto a rosto contemplar
aquilo que ignoto sou;
distinguir até que ponto
sou eu mesmo que me levo
ou se um nume irrevelável
que (para ser) vem morar
comigo, dentro de mim,
mas me abandona se rolo
pelos declives do mundo.
Desfaço-me do que sonho:
faço-me sonho de alguém
oculto. Talvez um Deus
sonhe comigo, cobice
o que eu guardo e nunca usei.
Cego assim, não me decifro.
E o imaginar-me sonhado
não me completa: a ganância
de ser-me inteiro prossegue.
E pairo – pânico mudo -
entre o sonho e o sonhador.
Esquizoanálise e Potência de Vida
Neste momento, quando nos preparamos para o II Congresso Internacional de Esquizoanálise e Esquizodrama, que se realizará em Uberaba, nos dias 10, 11 e 12 de setembro de 2010, refletimos no fluxo dos acontecimentos: Qual é o rosto da esquizoanálise?
A esquizoanálise é uma corrente de pensamento e intervenção que se pauta pela afirmação da vida e que entende a vida e a realidade como devir.
E o devir que é a própria essência do real, rompe com a idéia de permanência, imutabilidade, estabilidade e identidade rígida e fixa.
De fato, a potência de vida e da vida que emerge na compreensão esquizoanalítica é marcada pela singularidade, pela multiplidade e pela individuação.
Num mundo de cópias de normalidade, de repetições e identificações, inclusive de exclusão do que não enquadra, a esquizoanálise surge revelando a potência da diferença.
Neste contexto, é insurgente, rebelde e imanente ao pensamento e ato de mudança.
Antes, toda mudança era pensada pela idéia de escassez e falta, asssim, se movia pela negatividade.
A esquizoanálise acentua que a mudança se dá na potência da vida que é excesso.
Afirma, assim, seus criadores: a atualização do virtual não se opera pela negatividade nem pelo ressentimento e culpa, se dá pela diferença, pela divergência e pela criatividade.
Nosso mundo é mundo de evitação do novo, e, portanto, valoriza a repetição e exclui a diferença; idolatra a resiliência e marginaliza a resistência; e, por fim, captura a criatividade, quadriculando-a como cultura midíatica.
Como romper com este império de manutenção do status quo?
Deleuze pode desvendar o papel da dramatização; Guattari, da miltância que age mudando já na perspectiva da revolução molecular.
Deriva-se daí o valor do Esquizodrama e dos movimentos sociais minoritários e afirmativos.
Tudo pela vida... Pelo direito à diferença... E por um outro mundo possível e necessário.
Muito semelhante ao conceito de Hebe de Bonafini que disse que revolução se faz, fazendo, se faz, partilhando e se faz dando-se doando-se...
Enfim, afirmando-se a vida e pela vida no novo já...
A esquizoanálise é uma corrente de pensamento e intervenção que se pauta pela afirmação da vida e que entende a vida e a realidade como devir.
E o devir que é a própria essência do real, rompe com a idéia de permanência, imutabilidade, estabilidade e identidade rígida e fixa.
De fato, a potência de vida e da vida que emerge na compreensão esquizoanalítica é marcada pela singularidade, pela multiplidade e pela individuação.
Num mundo de cópias de normalidade, de repetições e identificações, inclusive de exclusão do que não enquadra, a esquizoanálise surge revelando a potência da diferença.
Neste contexto, é insurgente, rebelde e imanente ao pensamento e ato de mudança.
Antes, toda mudança era pensada pela idéia de escassez e falta, asssim, se movia pela negatividade.
A esquizoanálise acentua que a mudança se dá na potência da vida que é excesso.
Afirma, assim, seus criadores: a atualização do virtual não se opera pela negatividade nem pelo ressentimento e culpa, se dá pela diferença, pela divergência e pela criatividade.
Nosso mundo é mundo de evitação do novo, e, portanto, valoriza a repetição e exclui a diferença; idolatra a resiliência e marginaliza a resistência; e, por fim, captura a criatividade, quadriculando-a como cultura midíatica.
Como romper com este império de manutenção do status quo?
Deleuze pode desvendar o papel da dramatização; Guattari, da miltância que age mudando já na perspectiva da revolução molecular.
Deriva-se daí o valor do Esquizodrama e dos movimentos sociais minoritários e afirmativos.
Tudo pela vida... Pelo direito à diferença... E por um outro mundo possível e necessário.
Muito semelhante ao conceito de Hebe de Bonafini que disse que revolução se faz, fazendo, se faz, partilhando e se faz dando-se doando-se...
Enfim, afirmando-se a vida e pela vida no novo já...
Jorge Bichuetti
www.jorgebichuetti.blogspot.com.br
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