quarta-feira, 6 de outubro de 2010

NOVAS INDIVIDUAÇÕES E UMA NOVA SAÚDE - Emerson Merhy

Fragmentos do II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESQUIZOANÁLISE E ESQUIZODRAMA - Uberaba
No mundo hoje, há mudanças de dispositivos subjetivos existenciais.Hoje não temos facilidade em dizer em qual momento a produção de capital explora e em qual a reprodução, força o trabalhador se recompor para ser explorado.
Estar implicado no modo de viver opera-se conecções de encontros. Cada lugar é o lugar da grande política.
O campo da saúde, é um campo da prática de produção de cuidado, que liga-se a produção de biopoderes, biopolítica.
A indústria farmacêutica invade o modo de existir do indivíduo, trazendo uma idéia perversa de que ter saúde é um risco de ser doente. “Tome o medicamento para não ter o que você não tem.” Hoje alimento não é mais alimento, é remédio. Você está em risco por que tem saúde... È o processo de subjetivação coletiva transformado em processos vitais. O próprio processo de investimento é desinvestido, desterritorializado. A medicina tem tendência a ser tecnóloga: o especialismo.
O interdisciplinar é paradoxal, prefere o trabalho ENTRE.
A vida em sua produção é resistência, precisamos sustentar a produção de vida. Temos que compor cotidianos de vida, estes são lugares de construção de resistência, mesmo que ninguém saiba. A capacidade que temos de vida, é o que faz-nos sobreviver além.

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