terça-feira, 5 de outubro de 2010

Saúde Mental, Família e Violência – Jonas Melman

Fragmentos do II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESQUIZOANÁLISE E ESQUIZODRAMA - Uberaba
Quando se pensa em mudar a psiquiatria, fala-se em mudar a função e o objeto. Em um novo modelo de cuidado, exige-se a proposta de olhar profissionalmente os familiares. É um cuidado de uma clínica ampliada para o ambiente externo.
É importante repensar também o fenômeno da violência na Saúde Mental: a violência relacionada à doença mental, a saúde mental relacionada à não-violência, de usuários para com familiares, de familiares para com usuários, de usuários para com profissionais, de profissionais para com usuários.
Os rituais da humanidade legitimam a violência. Ela fere a dignidade humana e faz sofrer. Ela fere quem sofre e quem exerce a violência. Produz transtornos mentais e sofrimento mental.
Aceitar a loucura e a violência é parte do processo de aceitar a vida em sua totalidade.
Os profissionais sentem-se inseguros para cuidar da família e pacientes. O cuidado é mais dirigido aos pacientes que à família. Cuidar de pessoas em situação de violência significa também cuidar de familiares.
Resiliência: teoria que se interessa pelas mudanças das relações afetivas e culturais que podem modificar o funcionamento do ser humano. Corresponde á potência de a pessoa almejar uma virada na vida, uma metamorfose em direção a um projeto de felicidade.
Política pública consistente + relação de cuidado e confiança = movimento de busca de uma nova identidade das pessoas – o seu lugar no mundo.

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