Uma contribuição para a construção do Serviço Público de Saúde Mental de Araxá, e para o exercício da cidadania e da sensibilidade.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
A Instituição Inventada
http://www.exclusion.net/images/pdf/47_bicoi_istituz.invent_po.pdf (Franco Rotelli)
Saúde Mental na Mídia
Numa interessante iniciativa, o Programa Ver TV, da TV Câmara, exibiu no dia 17 de setembro um programa sobre o tratamento dado pela mídia ao tema do sofrimento mental.
Para assisti-lo, acesse:
IV Conferência Nacional de Saúde Mental deverá acontecer em 2010
O governo vai convocar a 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental para discutir entre outros assuntos a questão da saúde mental no Brasil. A decisão é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi comunicada pelo seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, aos representantes da Marcha pela Reforma do Sistema Psiquiátrico, realizada hoje (30) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O grupo entregou a Gilberto Carvalho um relatório com as denúncias de mortes de pessoas com transtornos mentais nas unidades de internação por uso indevido de medicamentos. De acordo com a secretaria-executiva da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), Nelma Melo, Carvalho entendeu a urgência de se tomar as medidas para combater o problema "das mortes nos hospitais psiquiátricos".
Segundo ela, a expectativa é de que a conferência seja realizada em 2010. O último encontro nacional para discutir a assistência à saúde mental foi realizado em 2001.
Durante a marcha, os manifestantes pediram a humanização das políticas públicas para o tratamento de 23 milhões de brasileiros com distúrbios mentais.
Agência Brasil
O grupo entregou a Gilberto Carvalho um relatório com as denúncias de mortes de pessoas com transtornos mentais nas unidades de internação por uso indevido de medicamentos. De acordo com a secretaria-executiva da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), Nelma Melo, Carvalho entendeu a urgência de se tomar as medidas para combater o problema "das mortes nos hospitais psiquiátricos".
Segundo ela, a expectativa é de que a conferência seja realizada em 2010. O último encontro nacional para discutir a assistência à saúde mental foi realizado em 2001.
Durante a marcha, os manifestantes pediram a humanização das políticas públicas para o tratamento de 23 milhões de brasileiros com distúrbios mentais.
Agência Brasil
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Coordenação Estadual de Saúde Mental em Araxá
A Coordenadora Estadual de Saúde Mental de Minas Gerais, Marta Elizabeth, estará em Araxá nos próximos dias 08 e 09 de outubro para apresentar oficialmente o Desenho da Rede de Atenção em Saúde Mental do nosso Estado, e como Araxá está situada nesta configuração. Ela apontará quais são os avanços a serem feitos pelo município nesse campo, aguardados há alguns anos pelos governos estadual e federal. A programação está sendo definida. Fique de olho.
domingo, 27 de setembro de 2009
A PARTIDA - Filme vencedor do Oscar de melhor filme de língua estrangeira em 2009
O filme narra de forma sensível as mudanças na vida de Daigo, que é violocelista, mas como perde o emprego precisa retornar às origens para sobreviver, assim retorna à sua cidade de natal e começa a revisitar fatos, lembranças de seu passado. Ele consegue emprego em uma empresa que prepara corpos para cremação, fato que traz diversas controvérsias ao longo da trama.
É um filme profundo, com cenas intensas, repletas de significado e afeto, que nos remete ao sentido da vida e à dificuldade em lidar com a "morte". Traz à tona questões de vida e de morte, vividas de forma concreta e simbólica, assim como às perdas não elaboradas ao longo da vida, mostrando a chance de reviver isso de outra forma, deixando de sofrer repetidamente a morte e permitir-se "mais viver".
A trilha sonora é belíssima e sensível, condizente com o tema. Não poderia faltar o som do violocelo e tem uma gaita maravilhosa.
É uma ótima provocação vale a pena conferir, afete-se !
É um filme profundo, com cenas intensas, repletas de significado e afeto, que nos remete ao sentido da vida e à dificuldade em lidar com a "morte". Traz à tona questões de vida e de morte, vividas de forma concreta e simbólica, assim como às perdas não elaboradas ao longo da vida, mostrando a chance de reviver isso de outra forma, deixando de sofrer repetidamente a morte e permitir-se "mais viver".
A trilha sonora é belíssima e sensível, condizente com o tema. Não poderia faltar o som do violocelo e tem uma gaita maravilhosa.
É uma ótima provocação vale a pena conferir, afete-se !
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ambientes Livre do Fumo
PROTEÇÃO CONTRA EXPOSIÇÃO À POLUIÇÃO AMBIENTAL DO TABACO
· A fumaça de tabaco é agente carcinogênico em humanos, e não há nível seguro de exposição. Pesquisa revelou que “mesmo 30 minutos de exposição ao fumo passivo pode reduzir o fluxo de sangue no coração de um não fumante.”
· Dos cerca de 4.800 constituintes identificados na fumaça do tabaco, comprovadamente, ao menos 250 são tóxicos, como o cianeto de hidrogênio, o monóxido de carbono, o butano, a amônia, o tolueno e ochumbo, e ao menos 50 são cancerígenos, sendo onze em humanos: 2-naftilamina, 4-aminobifenil, benzeno, cloreto de vinila, óxido de etileno, arsênico, berílio, compostos de níquel, cromo, cádmio e polônio-210 (radioativo).
· A fumaça do tabaco é a principal fonte de poluição em ambientes fechados. A fumaça emitida pela ponta do cigarro é cerca de quatro vezes mais tóxica que a fumaça aspirada pelo filtro pelo fumante, e sua toxicidade aumenta com as transformações físicas e químicas que ela sofre suspensa no ar.
· Há consenso científico quanto aos malefícios da exposição à fumaça do cigarro. O fumante passivo está exposto aos mesmos riscos que o fumante ativo.
· O fumo passivo causa doenças crônicas, como câncer de pulmãoiv, e não fumantes que trabalham em bares e restaurantes em que é permitido fumar tem 50% mais chances de ter câncer de pulmão.
· A questão ocupacional da exposição à fumaça do tabaco não pode ser ignorada quando se trata de medidas para o controle do tabagismo. O trabalhador que desenvolve seu mister em locais fechados em que se permite o fumo fica exposto à poluição tabagística ambiental. Por isso, a proibição do fumo nestes locais não pode ser uma opção dos empresários. Na qualidade de empregadores são responsáveis pela saúde de seus empregados (artigo 157, da CLT).
· Todo trabalhador tem direito a um meio ambiente do trabalho saudável, e à redução dos riscos inerentes ao trabalho. Assim, é dever legal do empregador oferecer ambientes de trabalho livres da poluição tabagística ambiental.
· Segundo o Instituo Nacional do Câncer - INCA, os níveis de fumaça ambiental de tabaco em restaurantes chegam a ser duas vezes maiores do que em outros ambientes de trabalho como escritórios, enquanto em bares, os índices são quase seis vezes superioresvi. Vale lembrar que os trabalhadores não têm a opção pelo trabalho somente nas áreas livres de fumo.
· Ambientes fechados totalmente livres da fumaça do tabaco têm como um dos seus principais objetivos a proteção à saúde e a melhora das condições de trabalho dos profissionais que atuam em locais onde ainda se admite o fumo, a despeito das evidências de seus malefícios.
· Estes profissionais ficam expostos durante toda a jornada de trabalho a um maior nível de poluição tabagística ambiental, em comparação com qualquer outro tipo de trabalhador ou grupo demográfico, e ficam expostos por muito mais tempo do que os clientes que atendem.
· Por isso, o fumo passivo é uma questão de saúde pública e ocupacional.
Os dados são alarmantes:
o tabagismo passivo é a terceira causa evitável de mortes no mundo (OMS);
pelo menos sete indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco
morrem POR DIA no Brasil (INCA/2008); e
pelo menos 200 mil trabalhadores morrem, por ano, no mundo, pela exposição ao fumo
passivo (OIT).
· Desde as descobertas sobre os malefícios do fumo passivo na década de 80, a tendência mundial tem sido a criação de ambientes fechados livres de fumo. A permissão da existência de fumódromos NÃO mais atende ao que hoje se sabe em termos de proteção da saúde pública e ocupacional da Poluição Tabagística Ambiental (PTA).
· A proibição de fumo em locais fechados já foi adotada pelo Reino Unido, Irlanda do Norte, Escócia, França, Canadá, Uruguai, Itália, Noruega, Suécia, Nova Zelândia, Turquia e diversos Estados Americanos como Califórnia e Nova Iorque, entre outros.
· O Brasil ratificou a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), primeiro tratado internacional de saúde pública, por meio do Decreto 5.658/2006.
· Dentre as determinações da CQCT destaca-se seu artigo 8º, que recomenda a adoção de medidas eficazes de proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em todos os locais de trabalho, meios de transporte público, lugares públicos fechados, e recomenda o banimento do fumo destes locais. A CQCT recomenda, portanto, a criação de ambientes fechados livres do tabaco como a forma mais eficaz e barata de proteção das pessoas contra a exposição à fumaça do tabaco.
· A Lei Federal 9294/96 encontra-se desatualizada e defasada frente ao que determina a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, porque ainda autoriza a existência do denominado “fumódromo”.
· Alguns Estados e municípios brasileiros já possuem leis próprias, que banem o fumo dos
ambientes fechados, mas o país carece urgentemente de uma legislação federal, para que toda
população tenha a saúde protegida contra a exposição à fumaça do tabaco em locais de uso
coletivo público e privado.
· Ambientes fechados livres de fumo não violam o direito de fumar, nem o direito à livre iniciativa, porque a proibição é restrita a locais fechados. O que faz a legislação é disciplinar os locais em que se pode, e aqueles em que não se pode fumar.
· E sua justificativa é justíssima: não se pode impor aos não fumantes, trabalhadores ou freqüentadores de ambientes coletivos fechados, a exposição à fumaça do tabaco.
· O direito de fumar não é absoluto e pode sofrer restrições, principalmente quando o objetivo é a garantia de direitos fundamentais, como o direito à vida e à saúde das pessoas.
Publicada no Jornal da Associação Médica Americana sob o título “Efeitos agudos do fumo passivo na circulação de jovens adultos saudáveis” - Acute effects of passive smoking on the coronary circulation in healthy young adults. Otsuka, R., et al., JAMA, 2001. 286: p. 436-41 apud http://jama.amaassn.org/cgi/content/abstract/286/4/436
http://www.actbr.org.br/
· A fumaça de tabaco é agente carcinogênico em humanos, e não há nível seguro de exposição. Pesquisa revelou que “mesmo 30 minutos de exposição ao fumo passivo pode reduzir o fluxo de sangue no coração de um não fumante.”
· Dos cerca de 4.800 constituintes identificados na fumaça do tabaco, comprovadamente, ao menos 250 são tóxicos, como o cianeto de hidrogênio, o monóxido de carbono, o butano, a amônia, o tolueno e ochumbo, e ao menos 50 são cancerígenos, sendo onze em humanos: 2-naftilamina, 4-aminobifenil, benzeno, cloreto de vinila, óxido de etileno, arsênico, berílio, compostos de níquel, cromo, cádmio e polônio-210 (radioativo).
· A fumaça do tabaco é a principal fonte de poluição em ambientes fechados. A fumaça emitida pela ponta do cigarro é cerca de quatro vezes mais tóxica que a fumaça aspirada pelo filtro pelo fumante, e sua toxicidade aumenta com as transformações físicas e químicas que ela sofre suspensa no ar.
· Há consenso científico quanto aos malefícios da exposição à fumaça do cigarro. O fumante passivo está exposto aos mesmos riscos que o fumante ativo.
· O fumo passivo causa doenças crônicas, como câncer de pulmãoiv, e não fumantes que trabalham em bares e restaurantes em que é permitido fumar tem 50% mais chances de ter câncer de pulmão.
· A questão ocupacional da exposição à fumaça do tabaco não pode ser ignorada quando se trata de medidas para o controle do tabagismo. O trabalhador que desenvolve seu mister em locais fechados em que se permite o fumo fica exposto à poluição tabagística ambiental. Por isso, a proibição do fumo nestes locais não pode ser uma opção dos empresários. Na qualidade de empregadores são responsáveis pela saúde de seus empregados (artigo 157, da CLT).
· Todo trabalhador tem direito a um meio ambiente do trabalho saudável, e à redução dos riscos inerentes ao trabalho. Assim, é dever legal do empregador oferecer ambientes de trabalho livres da poluição tabagística ambiental.
· Segundo o Instituo Nacional do Câncer - INCA, os níveis de fumaça ambiental de tabaco em restaurantes chegam a ser duas vezes maiores do que em outros ambientes de trabalho como escritórios, enquanto em bares, os índices são quase seis vezes superioresvi. Vale lembrar que os trabalhadores não têm a opção pelo trabalho somente nas áreas livres de fumo.
· Ambientes fechados totalmente livres da fumaça do tabaco têm como um dos seus principais objetivos a proteção à saúde e a melhora das condições de trabalho dos profissionais que atuam em locais onde ainda se admite o fumo, a despeito das evidências de seus malefícios.
· Estes profissionais ficam expostos durante toda a jornada de trabalho a um maior nível de poluição tabagística ambiental, em comparação com qualquer outro tipo de trabalhador ou grupo demográfico, e ficam expostos por muito mais tempo do que os clientes que atendem.
· Por isso, o fumo passivo é uma questão de saúde pública e ocupacional.
Os dados são alarmantes:
o tabagismo passivo é a terceira causa evitável de mortes no mundo (OMS);
pelo menos sete indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco
morrem POR DIA no Brasil (INCA/2008); e
pelo menos 200 mil trabalhadores morrem, por ano, no mundo, pela exposição ao fumo
passivo (OIT).
· Desde as descobertas sobre os malefícios do fumo passivo na década de 80, a tendência mundial tem sido a criação de ambientes fechados livres de fumo. A permissão da existência de fumódromos NÃO mais atende ao que hoje se sabe em termos de proteção da saúde pública e ocupacional da Poluição Tabagística Ambiental (PTA).
· A proibição de fumo em locais fechados já foi adotada pelo Reino Unido, Irlanda do Norte, Escócia, França, Canadá, Uruguai, Itália, Noruega, Suécia, Nova Zelândia, Turquia e diversos Estados Americanos como Califórnia e Nova Iorque, entre outros.
· O Brasil ratificou a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), primeiro tratado internacional de saúde pública, por meio do Decreto 5.658/2006.
· Dentre as determinações da CQCT destaca-se seu artigo 8º, que recomenda a adoção de medidas eficazes de proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em todos os locais de trabalho, meios de transporte público, lugares públicos fechados, e recomenda o banimento do fumo destes locais. A CQCT recomenda, portanto, a criação de ambientes fechados livres do tabaco como a forma mais eficaz e barata de proteção das pessoas contra a exposição à fumaça do tabaco.
· A Lei Federal 9294/96 encontra-se desatualizada e defasada frente ao que determina a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, porque ainda autoriza a existência do denominado “fumódromo”.
· Alguns Estados e municípios brasileiros já possuem leis próprias, que banem o fumo dos
ambientes fechados, mas o país carece urgentemente de uma legislação federal, para que toda
população tenha a saúde protegida contra a exposição à fumaça do tabaco em locais de uso
coletivo público e privado.
· Ambientes fechados livres de fumo não violam o direito de fumar, nem o direito à livre iniciativa, porque a proibição é restrita a locais fechados. O que faz a legislação é disciplinar os locais em que se pode, e aqueles em que não se pode fumar.
· E sua justificativa é justíssima: não se pode impor aos não fumantes, trabalhadores ou freqüentadores de ambientes coletivos fechados, a exposição à fumaça do tabaco.
· O direito de fumar não é absoluto e pode sofrer restrições, principalmente quando o objetivo é a garantia de direitos fundamentais, como o direito à vida e à saúde das pessoas.
Publicada no Jornal da Associação Médica Americana sob o título “Efeitos agudos do fumo passivo na circulação de jovens adultos saudáveis” - Acute effects of passive smoking on the coronary circulation in healthy young adults. Otsuka, R., et al., JAMA, 2001. 286: p. 436-41 apud http://jama.amaassn.org/cgi/content/abstract/286/4/436
http://www.actbr.org.br/
Curso: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Capacitação Para Conselheiros Municipais
Estão abertas as pré-inscrições para o Curso "Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - Capacitação para Conselheiros Municipais", que visa preparar 15 mil conselheiros de todo o Brasil para atuar na prevenção da violência e da criminalidade relacionadas ao uso indevido de drogas. O Curso é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O Curso é totalmente gratuito, oferecido na modalidade de ensino à distância, com carga horária de 120 horas, tem a duração de três meses e certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Poderão participar Conselheiros que atuam nos Conselhos: de Segurança; Sobre Drogas; Tutelar; dos Direitos da Criança e do Adolescente; da Educação; da Saúde; da Assistência Social; do Conselho Escolar; do Conselho da Juventude, do Idoso, do Trabalho, Populações Afrodescendentes, dentre outros. O conteúdo do Curso foi elaborado por especialistas da área e reúne informações atualizadas e convergentes com a Política Nacional sobre Drogas (PNAD), a Política Nacional sobre o Álcool (PNA) e o Sistema Único de Segurança Pública.
Acesse para fazer sua inscrição http://www.sead.ufsc.br/matricula/index.phpcourse=senad2
Atenciosamente,
Secretaria de Educação à Distância - SEaD - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Rede de Saúde Mental e Economia Solidária
Esta rede é um coletivo de organizações da sociedade civil que visa articular experiências de inserção no trabalho através de de empreendimentos econômicos e solidários e projetos de geração de renda, organizados por usuários, técnicos e familiares dos serviços substitutivos da rede de Saúde Mental do Estado de São Paulo. O site divulga experiências significativas nesta área, além de disponibilizar bons textos e vídeos. Vale a pena conferir:
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
V Congresso de Geriatria e Gerontologia de Minas Gerais
V Congresso de Geriatria e Gerontologia de Minas Gerais
Como podemos envelhecer ? Mitos, verdades e possibilidades.
Data: 23 a 26 de setembro de 2009
Local: Grande Hotel de Araxá - MG
e-mail: sbggmg@agenciaoliva.com.br
Como podemos envelhecer ? Mitos, verdades e possibilidades.
Data: 23 a 26 de setembro de 2009
Local: Grande Hotel de Araxá - MG
e-mail: sbggmg@agenciaoliva.com.br
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Acolhimento Com Avaliação e Classificação de Risco
O acolhimento é uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante ativo no processo de produção da saúde. O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos.
“Constatar os problemas de saúde e tomá-los como desafio não é suficiente para imprimir as mudanças que possam traduzir a saúde como direito e patrimônio público da sociedade” (MERHY et al, 1999).
É preciso restabelecer, no cotidiano, o princípio da universalidade do acesso – todos os cidadãos devem poder ter acesso aos serviços de saúde – e a responsabilização das instâncias públicas pela saúde dos indivíduos. Isto deve ser implementado com a conseqüente constituição de vínculos entre os profissionais e a população, empenhando-se na construção coletiva de estratégias que promovam mudanças nas práticas dos serviços, onde a defesa e afirmação de uma vida digna de ser vivida seja adotada como lema.
Tradicionalmente, a noção de acolhimento no campo da saúde tem sido identificada:
ora a uma dimensão espacial, que se traduz em recepção administrativa e ambiente confortável;
ora a uma ação de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos para serviços especializados que afirma, na maior parte das vezes, uma prática de exclusão social, na medida em que “escolhe” quem deve ser atendido.
Ambas as noções têm sua importância, entretanto, quando tomadas isoladamente dos processos de trabalho em saúde, se restringem a uma ação pontual, isolada e descomprometida com os processos de responsabilização e produção de vínculo. Nesta definição tradicional de acolhimento, o objetivo principal é o repasse do problema tendo como foco a doença e o procedimento, e não o sujeito e suas necessidades. Desdobra-se daí a questão do acesso aos serviços que, de modo geral, é organizado burocraticamente a partir das filas por ordem de chegada, sem avaliação do potencial de risco, agravo ou grau de sofrimento. Este funcionamento demonstra a lógica perversa na qual grande parte dos serviços de saúde vem se apoiando para o desenvolvimento do trabalho cotidiano. Lógica essa, que tem produzido falta de estímulo dos profissionais, menor qualidade da capacitação técnica pela não inserção do conjunto de profissionais ligados à assistência, e não inclusão dos saberes que os usuários têm sobre sua saúde, seu corpo e seu grau de sofrimento. Acrescese a isso a não integração de diferentes setores e projetos e a não articulação com a rede de serviços no sistema de encaminhamento de usuários a serviços especializados, tornando o processo de trabalho solitário e fragmentado. O que vemos é que este modo de operar o cotidiano tem produzido sofrimento e baixa na qualidade de vida não só dos usuários, mas também dos profissionais de saúde. A reversão desse processo nos convoca ao desafio de construirmos alianças éticas com a produção da vida, onde o compromisso singular com os sujeitos, usuários e profissionais de saúde, esteja no centro desse processo. Essas alianças
com a produção da vida implicam um processo que estimula a co-responsabilização, um encarregar-se do outro, seja ele usuário ou profissional de saúde, como parte da minha vida. Trata-se, então, do incentivo à construção de redes de autonomia e compartilhamento onde “eu me reinvento inventando-me com o outro”.
O acolhimento como estratégia de interferência nos processos de trabalho
O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética, não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades, angústias e invenções. Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois ele não se constitui como uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço de saúde.
Colocar em ação o acolhimento como diretriz operacional requer uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e implica:
protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde;
uma reorganização do serviço de saúde a partir da reflexão e problematização dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e resolução dos problemas do usuário;
elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização por linhas de cuidado;
mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão/decisão, de escuta, trocas e decisões coletivas. A equipe neste processo pode, também, garantir acolhimento para seus profissionais e às dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população;
uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos;
construir coletivamente propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais.
mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão/decisão, de escuta, trocas e decisões coletivas. A equipe neste processo pode, também, garantir acolhimento para seus profissionais e às dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população;
uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos;
construir coletivamente propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais.
Uma postura acolhedora implica em estar atento e poroso à diversidade cultural, racial e étnica. Vejamos aqui o caso de uma usuária de comunidade indígena que dá entrada numa unidade de saúde, e após o atendimento e realização do diagnóstico indica-se uma cirurgia (laparoscopia) urgente a ser realizada pelo umbigo. Após a comunicação do procedimento indicado, a usuária se recusa a realizá-lo dizendo não poder deixar que mexam no seu umbigo pois este é a fonte da onde brota a vida e onde a alma circula. Após a recusa várias negociações foram feitas de forma a realizar o procedimento cirúrgico levando em conta os valores e saberes desse grupo.
Acolher com a intenção de resolver os problemas de saúde das pessoas que procuram uma unidade de saúde pressupõe que todas as pessoas que procuram a unidade, por demanda espontânea, deverão ser acolhidas por profissional da equipe técnica. O profissional deve escutar a queixa, os medos e as expectativas; identificar riscos e vulnerabilidade, acolhendo também a avaliação do próprio usuário; e se responsabilizar para dar uma resposta pactuada ao problema, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com o cardápio de ofertas do serviço, e produzindo um encaminhamento responsável e resolutivo à demanda não resolvida.
Nesse funcionamento, o acolhimento deixa de ser uma ação pontual e isolada dos processos de produção de saúde e se multiplica em inúmeras outras ações que, partindo do complexo encontro
do sujeito profissional de saúde e sujeito demandante, possibilitam analisar:
do sujeito profissional de saúde e sujeito demandante, possibilitam analisar:
a adequação da área física;
as formas de organização dos serviços de saúde;
a governabilidade das equipes locais;
a humanização das relações em serviço;
os modelos de gestão vigentes na unidade de saúde;
o ato da escuta e a produção de vínculo;
o compartilhamento do conhecimento;
o uso ou não de saberes para melhoria da qualidade das ações de saúde e o quanto estes saberes estão a favor da vida.
Apoio Matricial e a Lógica do "Necessário" Para Combater o Especialismo
Trouxe para cá, como post, o comentário que fiz na discussão de apoio matricial iniciada por Gustavo Tenório Cunha no seu blog na rede humanizasus.
Tenho trabalhado tentando pensar a tecnologia do apoio matricial como forma de desconstrução do "especialismo" - considerando este uma racionalidade que se nutre de saberes "especializados" para construir dependência (de instituições, de sujeitos e processos) e agir em uma forma de política coorporativa/privatizante.
Poderíamos pensar que os desafios cotidianos da produção de saúde e autonomia demandam saberes e práticas novas ou recriadas que possam ampliar a capacidade de análise e intervenção no mundo. E poderia ser, por esse mesmo motivo, que esses determinados saberes se tornam necessários - pois aumentariam nossa potência de existir. Teríamos então - com uma certa inspiração espinoseana - um regime ético que convoca os saberes "necessários" a serviço das forças da vida. Mas como essa ética pode nortear um arranjo de apoio matricial?
No cotidiano das práticas de saúde nos deparamos com dificuldades, tomadas por nós (gestores, trabalhadores, usuários, acadêmicos, pessoas...) como problema/desafio. Damos visibilidade e dizibilidade a esses problemas/desafios. O apoio matricial pode ser tomado como o arranjo organizacional que possibilita e autoriza que o "saber necessário" seja agenciado (acionando algo que já existe ou criando condições de criação de algo novo) pelos atores implicados para "resolver" a situação.
Tomar o apoio matricial nessa referência demonstra que o apoio matricial envolve questões mais além e aquém do que uma "fórmula" de reorganização da atenção "especializada".
Bom exemplo:
Já é bastante frequente o apoio matricial de saúde mental, no qual uma equipe de CAPS, ou de NASF, ou Regional de profissionais de saúde mental fazem apoio a serviços de Atenção Básica. Mas dificilmente se pensa que dentro dos CAPS, muitos usuários têm outros problemas de saúde que não o mental (DPOC, Hipertensão, Diabetes, etc) e estão sem acompanhamento regular ou mesmo sem acompanhamento nenhum destes problemas de saúde, porque estão em tratamento apenas nos CAPS. A lógica tradicional de pensar o sistema culpabilizaria a equipe de saúde da família do território de origem do paciente ou a equipe do CAPS que não vê além do problema de saúde mental. Sem pretender resolver de quem é a culpa... Poderiamos pensar, na lógica do apoio matricial, que a equipe do CAPS acionaria a equipe da Atenção Básica como aporte "necessário" ao processo terapêutico singular do seu usuário.
Todavia, isso força a desconstruir a visão de que o saber que vale é o "especializado" e que este está ligado sempre a uma mesma identidade de "especialista" na visão do especialismo.
Tenho trabalhado tentando pensar a tecnologia do apoio matricial como forma de desconstrução do "especialismo" - considerando este uma racionalidade que se nutre de saberes "especializados" para construir dependência (de instituições, de sujeitos e processos) e agir em uma forma de política coorporativa/privatizante.
Poderíamos pensar que os desafios cotidianos da produção de saúde e autonomia demandam saberes e práticas novas ou recriadas que possam ampliar a capacidade de análise e intervenção no mundo. E poderia ser, por esse mesmo motivo, que esses determinados saberes se tornam necessários - pois aumentariam nossa potência de existir. Teríamos então - com uma certa inspiração espinoseana - um regime ético que convoca os saberes "necessários" a serviço das forças da vida. Mas como essa ética pode nortear um arranjo de apoio matricial?
No cotidiano das práticas de saúde nos deparamos com dificuldades, tomadas por nós (gestores, trabalhadores, usuários, acadêmicos, pessoas...) como problema/desafio. Damos visibilidade e dizibilidade a esses problemas/desafios. O apoio matricial pode ser tomado como o arranjo organizacional que possibilita e autoriza que o "saber necessário" seja agenciado (acionando algo que já existe ou criando condições de criação de algo novo) pelos atores implicados para "resolver" a situação.
Tomar o apoio matricial nessa referência demonstra que o apoio matricial envolve questões mais além e aquém do que uma "fórmula" de reorganização da atenção "especializada".
Bom exemplo:
Já é bastante frequente o apoio matricial de saúde mental, no qual uma equipe de CAPS, ou de NASF, ou Regional de profissionais de saúde mental fazem apoio a serviços de Atenção Básica. Mas dificilmente se pensa que dentro dos CAPS, muitos usuários têm outros problemas de saúde que não o mental (DPOC, Hipertensão, Diabetes, etc) e estão sem acompanhamento regular ou mesmo sem acompanhamento nenhum destes problemas de saúde, porque estão em tratamento apenas nos CAPS. A lógica tradicional de pensar o sistema culpabilizaria a equipe de saúde da família do território de origem do paciente ou a equipe do CAPS que não vê além do problema de saúde mental. Sem pretender resolver de quem é a culpa... Poderiamos pensar, na lógica do apoio matricial, que a equipe do CAPS acionaria a equipe da Atenção Básica como aporte "necessário" ao processo terapêutico singular do seu usuário.
Todavia, isso força a desconstruir a visão de que o saber que vale é o "especializado" e que este está ligado sempre a uma mesma identidade de "especialista" na visão do especialismo.
Boa discussão sobre apoio matricial rolando na rede Humanizasus, veja os links abaixo:
Gustavo Nunes de Oliveira
Questões Para o Uso do PTS Como Ferramenta no Apoio
A Montagem das Oficinas de PTS – Projeto Terapêutico Singular: Uma Maneira de Fazer como Oferta
Os processos aqui descritos foram desenvolvidos em atividades de apoio institucional, apoio à gestão, assessorias técnicas prestadas e projetos de pesquisa realizados em serviços de saúde do SUS, municípios brasileiros, em especial no Estado de SP. São extratos de vários materiais de trabalho que a meu ver apontam para questões importantes na formulação e uso do PTS como ferramenta inscrita na lógica do apoio.
A Questão do Uso de Roteiros Para o PTS
Tendo a partir da própria organização do espaço de encontro, criando oficinas de discussão de casos e formulação de PTS, nas quais se procure auxiliar na “resolução do caso” e, ao mesmo tempo, cuidar da construção do próprio espaço coletivo.
Uma das grandes dificuldades enfrentadas nessa prática é lidar, de um lado, com a necessidade de melhorar a sistemática das discussões, expressa pelos participantes, e de outro, com o risco que a utilização de roteiros de discussão pré-formatados traz de compartimentalização e empobrecimento das discussões. A estratégia para lidar com essa questão tem sido a de construir roteiros junto com os próprios participantes, ao longo de várias oficinas, que auxiliem na organização das discussões, na democratização do direito de falar e emitir opinião, na resolução de questões éticas emergentes no grupo, nas trocas e nas relações saber-poder em disputa naquele espaço e no cotidiano dos serviços. Considero esta uma das formas de expressão do agir comum que dá corpo à co-produção/co-gestão desses espaços coletivos. Ao cabo de todo o processo de oficinas se acumula certo roteiro geral, que serve apenas como ferramenta auxiliar para a organização das discussões de PTS, com ênfases diferenciadas de acordo com a demanda de discussão a cada momento. A aposta é a criação de espaços de encontro com características que façam conectar afetos de forma construtiva e inventiva, permitindo a emergência de novas possibilidades de análise e superação das dificuldades cotidianas.
O que pode ser discutir um caso? A questão do singular
Uma narrativa pode ser tomada como um “caso padrão” – uma caso de saúde mental, um caso de violência doméstica, etc. – que se “destaca” de um “pano de fundo estrutural” - de uma regra geral – para rebatê-lo a uma identidade transcendente à priori. Desse modo, “uma operação do pensamento ou de uma forma de narrativa que toma a diferença a partir da semelhança” (Passos e Barros, 2008, p.10).
A “singularidade” de um caso, muitas vezes significa, para as equipes, um procedimento de identificação de particularidades nele contidas, as quais, lança a equipe num campo de variáveis, que são, de imediato estabilizadas, pelo hábito/senso comum ou pelo filtro teórico (Cunha, 2005)/ideológico, remetendo novamente a idéia de “caso padrão”.
O conceito de risco, por exemplo, possibilita essa manobra de estabilização das variáveis de um caso por identificação. A equipe separa um caso de “baixa-adesão” ao tratamento de hipertensão. A própria denominação geral do caso já indica um critério entendido, muitas vezes, como “risco” pelas equipes. Discute-se o caso e a troca de informações vai enriquecendo de atributos de particularização aquela denominação geral inicial: 68 anos, mora na zona rural, tabagista, alcoolista, não faz dieta, etc.
Seja qual for a motivação (teórica/ideológica/moral...) a equipe, com esse procedimento, apenas acrescenta características de identificação que tornam o caso mais compatível com as referências prévias da equipe. O que se trabalha, quando muito, são as novas associações possíveis entre essas variáveis.
Outra maneira de entender a singularidade é pensar que, ao invés de identificar a singularidade do caso, vamos acessar a singularidade do caso, ou mais precisamente, vamos participar da singularização do caso. Para isso, se procederá mais por “desmontagem” das narrativas. “Do caso extrai-se a agitação de micro-casos como micro-lutas nele trazidas à cena”.
Naquele momento no qual a equipe vai entrando em contato com as “particularidades” do caso, quando ela é lançada num campo de variáveis instáveis, ao invés de forçar a estabilização dessas variáveis relacionando-as, por identificação imediata ao conhecido, a equipe deve aprender a exercitar confrontá-las com o conhecido. Forçar, com prudência, a desestabilização de seu próprio território de certezas no confronto com as variáveis do caso. Esse confronto produzirá desconfortos, estranhamentos, afecções nos corpos, “colapso” (Varela, 2003), criando condições para o acesso à “espessura política da realidade do caso” (Passos e Barros, 2008) e para o surgimento de outros universos de possibilidades:
O fundo aqui deixa de ser uma figura subjacente, tal como uma estrutura geral, para ser um plano de dissolvência que se alcança pela desmontagem do caso. Engorda e desmontagem, aumento de quantum intensivo e debreagem da realidade. A dissolvência é a experiência de desmontagem do caso, a sua desestabilização geradora de fragmentos intensivos, de partículas de sentido que se liberam, que são extraídas do caso. O caso molar se moleculariza. Sua forma dá passagem às forças que o habitam. O caso é, nesse sentido, o caso de um devir. Essas partículas emergentes pela desmontagem permitem a experiência clínica do traçado de uma linha de fuga, uma linha de criação para outro território existencial possível (outro mundo possível como dizíamos no Fórum Social Mundial). Engordando e desmontando o caso, são mil casos que se configuram (p.12).
Acessar a singularidade de um caso é criar sentidos e relações onde já não estão mais prioritariamente em jogo a adequação do usuário ou da equipe a um plano de normalidade da vida e sim ao plano investido da própria vida.
As equipes de saúde e o desenvolvimento de uma prudência – a inclusão necessária do dissenso
Emergiu nos grupos a constatação de que, na perspectiva do que se propõe na formulação do PTS, não havia propriamente a consideração e a discussão das diferentes hipóteses explicativas de cada caso e sim uma discussão superficial e factual (algumas vezes tendendo à banalização do sofrimento dos usuários) que se detinha em informações, as quais eram processadas pelos profissionais de forma isolada. Em outras palavras, a discussão do caso se restringia, muitas vezes, a trocas de informações. Depois, cada profissional interpretava isoladamente as informações colhidas e formulava intervenções segundo seu núcleo ou sua situação hierárquica na equipe. Essa emergência nas primeiras oficinas de discussão de PTS surgiu em meio às manifestações de descontentamento de alguns trabalhadores que tinham em mente outras hipóteses explicativas e, conseqüentemente, não acreditavam na possibilidade de sucesso das intervenções desenhadas pelo restante da equipe. Outra forma de emergência foi a existência de mecanismos de sabotagem operados por alguns desses trabalhadores, principalmente quando se ia a campo realizar as ações planejadas no PTS.
Certa vez, em discussão de caso que participei em um município paulista, tínhamos em cena uma senhora muito debilitada, acamada e dependente de cuidados domiciliares e seu único cuidador era seu filho de vinte e poucos anos de idade, usuário de drogas que cuidava da mãe mais ou menos bem quando estava bem e não cuidava quando não estava. A equipe já acompanhava o caso há quase um ano e ultimamente o filho ficava mais da metade da semana sem conseguir prestar cuidados suficientes à mãe. Durante a discussão, uma das auxiliares de enfermagem da equipe fez uma apaixonada defesa da necessidade da equipe investir no tal filho para que ele desse conta de cuidar da mãe. Imediatamente uma outra auxiliar de enfermagem levantou-se e começou a gritar com a colega afirmando enfaticamente que o melhor para aquela senhora era ser institucionalizada numa casa de repouso. Deu-se então o desgastante e demorado enfrentamento de opiniões e o resultado foi que metade da equipe ficou de um lado e a outra metade de outro. Ficaram ou já estavam? Qual seria a importância dessa discordância para o fortalecimento e crescimento da própria equipe? Em geral, isso é motivo suficiente para um ato de autoritarismo do gestor, ou para destruir o sentido de equipe no trabalho, ou para aqueles mais sensíveis adoecerem, ou para vários pedidos de transferência, ou para a indicação de um profissional de fora que vai fazer “dinâmicas apaziguantes” com a equipe. Todavia, poderíamos colocar em análise o porquê do dissenso ser tão demonizado quando se fala de trabalho em equipe.
Se apenas nos detivermos às questões que o caso suscita poderíamos pensar que é exatamente o dissenso que crava o limite ético à equipe e pode até mesmo protegê-la de atos danosos a si e ao outro. Considerando que a equipe continue discutindo e alguém chegue à conclusão – como foi nesse caso – que a equipe não tem toda a governabilidade para tomar essa decisão e mesmo que tivesse isso levaria algum tempo. Considerando a necessidade de manter cuidados domiciliares a esta senhora um consenso nessa equipe. As atividades desenvolvidas poderiam ser alimentadas de um posicionamento ético prudente e produtor de cuidados a todos (equipe e usuários) envolvidos na situação. A equipe passaria a manter os cuidados domiciliares, investindo todas as suas energias em um novo comum, buscando melhora da situação, sabendo que conta com pessoas na própria equipe que sinalizarão se se aproximar o momento de mudar de estratégia e, se for o caso, buscar outras possibilidades para viabilizar os cuidados a tal senhora. Teríamos, dessa forma, um novo cenário, no qual a equipe estaria se autorizando a investir afetivamente nos cuidados, mas não de maneira imprudente, pois encontra nela mesmo o dissenso necessário para saber quando parar e mudar de atitude/estratégia, com relação ao caso. O dissenso ao invés de desautorizar e impedir é uma mola para a ação implicada na transmutação de si e mundo.
Todo esse movimento criou novas condições para a equipe continuar em relação com estes usuários, mas já em outro tom. A continuação do contato e da relação trouxe outras vizibilidades e dizibilidades a situação. Ao longo do caminho foi permitido pelo grupo outras maneiras de ver a situação do filho, das drogas, da rede social, etc. Ao final, não foi preciso que a senhora deixasse sua casa e seu filho. Ela melhorou fisicamente, o filho contribuiu com o que pode, a equipe também e, depois de quase um ano, ela morreu em casa durante o sono.
Referências
Passos, E.; Barros, R.B. Por uma política da narratividade. 2008. Prelo.
Cunha GT. A Construção da Clínica Ampliada na Atenção Básica. Saúde em Debate.São Paulo: Hucitec. 2005.
Varela, F. O reencantamento do concreto. Cadernos de Subjetividade, 1(1),2003, 72-86.
Gustavo Nunes de Oliveira
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Pré Congresso Internacional Saúde Mental e Direitos Humanos - Inscrições
http://www.fgbbh.org.br/congresso2009.htm (acesse para fazer sua inscrição)
Profissionais: 100,00 e Estudantes: 50,00
Locais do Evento
DIA 9 - Anfiteatro do Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba: Rua Dom Luiz Maria de Santana, nº 141 – Bairro Santa Marta / Uberaba – MG / Cep: 38061-080.
Tel: (034) – 3319-6900.
Mais Informações:
Hospedagem na Casa do Folclore:
Luiz Ricardo: 9994-1813
e-mails: casadofolclore@terra.com.br com cópia para edneser@terra.com.br
Diárias (com café da manhã):
Suíte casal: 150,00
Apto duplo: 120,00
Apto triplo e quádruplo: acréscimo de 40,00 por pessoa
Não há estacionamento coberto.
Dados da FUNDAÇÃO GREGORIO BAREMBLITT
Profissionais: 100,00 e Estudantes: 50,00
Locais do Evento
DIA 9 - Anfiteatro do Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba: Rua Dom Luiz Maria de Santana, nº 141 – Bairro Santa Marta / Uberaba – MG / Cep: 38061-080.
Tel: (034) – 3319-6900.
DIAS 10 e 11 - Casa do Folclore – Km 176, rod. BR 050 s/nº - Uberaba.
Tels: (034) – 3313-6020 e (034) - 3313-6087.
Mais Informações:
FGB - IFG – Belo Horizonte / Rosa - Tel (031) 3284-1083.
Atendimento – Terça-feira das 14:00 às 18:00; Quarta, Quinta e Sexta-feira das 09:00 às 12:00 e das 13:00 às 16:00.
FGB – Uberaba / Fátima – Tel (034) 3333-0906.Hospedagem na Casa do Folclore:
Luiz Ricardo: 9994-1813
e-mails: casadofolclore@terra.com.br com cópia para edneser@terra.com.br
Diárias (com café da manhã):
Suíte casal: 150,00
Apto duplo: 120,00
Apto triplo e quádruplo: acréscimo de 40,00 por pessoa
Não há estacionamento coberto.
Dados da FUNDAÇÃO GREGORIO BAREMBLITT
CNPJ- 08.357.522/0001-57
Inscrição estadual-isento
Endereço: Rua Herval, 267 - Serra - CEP 30240-010 / Belo Horizonte -MG
Conta bancária: Banco Bradesco - Agência: 02286-1 e c/c: 0021284-9
Potencializando as Redes de Cuidados em Saúde Mental na Atenção Primária
CRIANDO ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA
Um dispositivo que teve êxito na UBS Jardim Boa Vista, bairro de periferia da região oeste da cidade de São Paulo, foi criar alguns espaços abertos de convivência e realização de atividades a fim de recebermos as pessoas com sofimento psíquico e mediarmos o seu convívio com as pessoas do bairro. Montamos um grupo de artesanato aberto, que foi iniciado com doações de materiais que os profissionais tinham em suas casas (retalhos, linhas, agulhas, papel de dobradura, etc) e a idéia era de que quem soubesse fazer uma atividade pudesse ensinar ao outro. Colocávamos uma musiquinha para animar, no frio fazíamos um chá, no calor um suco e nesses espaços eu convidava usuários com deficiências, sofrimento mental e seus familiares para uma tarde gostosa. Artesãs do bairro foram convidadas a ensinar sua arte e muitas conseguiam encomendas e vender seus produtos. Um coletivo foi sendo criado e os profissionais buscavam promover o encontro entre os diferentes, falar sobre os preconceitos, as barreiras na comunicação. Esses usuários tiveram oportunidades de ampliar suas redes no bairro, de sairem do isolamento na casa. Eram pessoas evitadas no bairro e que começam a ser compreendidas na medida em que vêem que a equipe e a comunidade as acolhem e as validam como sujeitos.
Stella Maris Nicolau - Curso de Terapia Ocupacional - Universidade Federal de Sao Carlos
Stella Maris Nicolau - Curso de Terapia Ocupacional - Universidade Federal de Sao Carlos
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Gastão Wagner Fala Sobre o SUS
" “O perfil do usuário do SUS é muito parecido com o dos brasileiros, que lidam com o processo de saúde e doença de mil modos, a depender da cultura regional, familiar, da disponibilidade de recursos etc. De qualquer modo, como tendência, em todos os segmentos sociais, predomina uma visão reduzida da saúde: ancorada no consumismo de fármacos e de procedimentos.” Essa é a visão do professor Gastão Wagner, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. Para ele, “há uma crise de crescimento do SUS que ameaça sua legitimidade”. Gastão Wagner de Sousa Campos possui graduação em Medicina, pela Universidade de Brasília (UnB), especialização em Saúde Pública e mestrado em Medicina Preventiva, pela Universidade de São Paulo (USP), e doutorado em Saúde Coletiva, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, é professor titular da Universidade Estadual de Campinas, e membro de corpo editorial das revistas Trabalho, Educação e Saúde e Ciência & Saúde Coletiva. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública. "
Gastão Wagner: “Todos os brasileiros se utilizam do SUS, de modo direto ou indireto.”
Por: Graziela Wolfart.
Gastão Wagner: “Todos os brasileiros se utilizam do SUS, de modo direto ou indireto.”
Por: Graziela Wolfart.
IHU On-Line - Qual é o perfil do usuário do SUS? Em que contexto social estão as pessoas que se utilizam do Sistema Único de Saúde e como elas lidam com o processo saúde X doença?
Gastão Wagner - Todos os brasileiros se utilizam do SUS, de modo direto ou indireto. O SUS é responsável pela Vigilância Sanitária e Ambiental, que regulamenta e fiscaliza alimentos, fármacos, estabelecimentos de saúde etc. O SUS é responsável pelo controle de epidemias e surtos, e pela vacinação. Todos são “usuários” destes programas que custam bilhões de reais a cada ano. Retirar isso é instaurar o caos sanitário, a barbárie. Os privatistas consumados, hipocritamente, quando se referem ao corte em gastos públicos, não reconhecem esta dimensão coletiva do SUS. Apenas 25% dos brasileiros têm acesso a serviços privados de saúde. 75% somente contam com o SUS para realizar atenção à saúde: da simples consulta ao transplante de órgãos. Vale ressaltar que mesmo os brasileiros de classe média, ou com trabalho regular em grandes empresas e da elite - os 25% - também se valem de serviços do SUS em várias situações: transplante, tratamento de Aids, de transtornos mentais graves, câncer, terapia intensiva, entre outras. Respondendo à sua pergunta, o perfil do usuário do SUS é muito parecido com o dos brasileiros, que lidam com o processo de saúde e doença de mil modos, a depender da cultura regional, familiar, da disponibilidade de recursos etc. De qualquer modo, como tendência, em todos os segmentos sociais, predomina uma visão reduzida da saúde, de que ela é ancorada no consumismo de fármacos e de procedimentos.
IHU On-Line - Qual é a sua opinião sobre o sistema de gestão e de sustentabilidade do SUS?
Gastão Wagner - Há uma crise de crescimento do SUS, que ameaça sua legitimidade. Se por um lado, o sistema expandiu o atendimento, por outro, deixa a desejar em qualidade e humanização. Esta crise é decorrente de três fatores principais: o financiamento inadequado, um péssimo e calamitoso sistema de gestão (o SUS não ficou imune ao patrimonialismo do estado brasileiro) e a incompleta implantação do modelo de atenção típico dos outros sistemas de saúde. A Atenção Básica (Saúde da família) atende a menos da metade da população. Necessitaríamos incorporar pelo menos 75% dela. Além disso, os hospitais não estão integrados ao sistema e até hoje não se definiu uma política de pessoal para o SUS.
IHU On-Line - Como o senhor define a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais do SUS? Há muitas diferenças se comparamos com o sistema privado de saúde?
Gastão Wagner - A qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS e pelo setor privado é heterogênea. Varia de serviço a serviço e de região a região. O SUS se destacou na oferta de alguns programas preventivos (como a Aids e a prevenção da mortalidade infantil) e fracassou com a epidemia de dengue, malária, tuberculose. O SUS tem um excelente programa de transplante; o tratamento do câncer está melhorando a olhos vistos; o atendimento a doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, melhorou em extensão e eficácia. Entretanto, sobram deficiências em vários setores do atendimento.
IHU On-Line - Considerando que a sociedade brasileira não é mais a mesma da época da implantação do SUS, o que deveria fazer parte de uma reforma política e sanitária na proposta inicial do Sistema Único de Saúde?
Gastão Wagner - Em minha opinião, não há necessidade de reformularmos a Constituição em seu capítulo sobre saúde ou mesmo a nossa lei orgânica. Os problemas que experimentamos são decorrentes de falhas na implementação dessa política. A luta entre o interesse clientelista, corporativo, empresarial e o atendimento às necessidades de saúde transferiu-se para dentro do SUS. Há uma tentativa permanente de reapropriação privada do recurso público.
IHU On-Line – Qual é a sua opinião sobre a integração de especialidades médicas no SUS?
Gastão Wagner - Tenho uma série de estudos e textos sobre o tema. É um assunto complexo. Resumindo: faz-se necessário articular, em rede, o trabalho de generalistas com o dos especialistas tanto na saúde da família quanto em hospitais. O Brasil não formou generalistas, nem vem criando alternativas interessantes para quem optar por este tipo de carreira.
IHU On-Line - Qual é o papel do movimento da reforma sanitária na construção do SUS que temos hoje?
Gastão Wagner - O Movimento Sanitário teve um papel positivo na reforma que resultou no SUS. Funcionou como intelectual orgânico, trazendo para o Brasil os conceitos, as diretrizes e a experiência positiva e negativa dos sistemas públicos (socializados) de saúde de vários países do mundo. Os ativistas do movimento funcionaram também como tribunos da causa popular contra a perversidade arraigada da elite brasileira, que ameaça “arrancar o revólver” toda vez que alguém menciona a distribuição de renda ou políticas de bem-estar social.
IHU On-Line - Qual é a contribuição da área da saúde coletiva para as práticas do SUS? Para o senhor, a saúde pública brasileira pode ser vista como um sistema integral em saúde?
Gastão Wagner - O SUS pretende ser um sistema integral e integrado de saúde, pretende articular a saúde pública com a clínica e com toda a assistência. A Saúde Coletiva brasileira meteu-se com tudo na construção do SUS, tanto do ponto de vista político e gerencial quanto ao buscar soluções técnicas para os problemas.
IHU On-Line - O que significa ser médico do SUS? Quais os maiores desafios e dilemas?
Gastão Wagner - Ser médico do SUS é padecer no paraíso - parafraseando, a sério, Gonçalves Dias. O SUS não apresentou uma política consistente de pessoal, nem para os médicos nem para as outras profissões. O SUS nasceu junto com o auge do discurso neoliberal, que considerava uma heresia, um pecado, tratar com seriedade o tema de carreiras para o serviço público. O SUS é um serviço público, a menos que... A descentralização também colaborou para a cronificação deste problema. A integração dos médicos ao SUS, bem como de outros profissionais, depende de ações e recursos federais e estaduais. Jogar o problema para o âmbito de cada cidade é má-fé.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Algumas Perguntas Típicas dos Grupos de Gestantes e Algumas Respostas
Por que enjôo tanto? O que fazer para melhorar? Por causas hormonais e alterações bioquímicas, pelo aumento do trabalho do estômago que produz mais ácido. O ideal é alimentar no máximo de 3 em 3 horas para não ter enjôos, queda de pressão ou hipoglicemia. Alimentos básicos podem ajudar como pêra, batata cozida, torrada sem gordura, bolacha de água e sal.
Posso tomar leite para melhorar a azia? O leite pode refrescar na hora que é ingerido e aumentará a acidez. Evite tomar líquidos durante as refeições; evite doces, alimentos gordurosos, fermentados e muito ácidos. Coma cenoura crua ou cozida, batata cozida, pêra etc. Alimentar pouca quantidade em intervalos menores. Não usar roupas que apertem o estômago. Comer devagar e mastigar bem.
O que devo comer na gravidez? Não é verdade que a gestante tem que comer por dois na gravidez. A gestante perde mais cálcio para a formação dos ossos e dentes do bebê e ferro para formação do sangue. Portanto ela deve ingerir alimentos que contêm ferro e cálcio (leite, iogurte, coalhada, queijos e alimentos que levam estas substâncias; ovos etc.). Se a vitamina C é ingerida junto com os alimentos que contêm ferro a absorção do ferro será maior. Se a pessoa ingerir Cálcio (leite, queijos) na refeição, o ferro da alimentação não é bem absorvido pelo organismo. Ingerir cálcio fora das refeições. A gestante deve se alimentar em intervalos pequenos e pouca quantidade de cada vez. A alimentação da gestante deve ser colorida (amarelo, verde, branco. Verduras, legumes, frutas e legumes vermelhos, carnes, pães, etc.). A gestante deve ingerir bastante água ou líquidos. Evitar doces, gorduras, refrigerantes, café, chá preto e massas em excesso. O cigarro destrói a vitamina C, então a gestante que fuma deve ingerir mais vitamina C. Se o obstetra prescrever vitaminas usar corretamente para não estar anêmica na gravidez e no pós-parto que exige muito trabalho e da reserva nutritiva da mulher que amamenta.
Tenho gosto estranho de metal na boca. Posso tomar um antiácido? O seu estômago está produzindo mais ácido e a saliva por ação hormonal fica com gosto diferente. Você poderá comentar com o seu médico e se ele achar conveniente irá indicar algum medicamento para aliviar a azia; não use nenhum medicamento na gestação e amamentando sem perguntar o seu obstetra, mesmo que esteja acostumada com o medicamento. Alguns antiácidos podem elevar sua pressão arterial e levar a outros problemas na gestação.
Por que tenho vontade de comer sabão na gravidez? Algumas gestantes têm desejo de comer substâncias estranhas como areia, terra, telhas, sabão porque estão anêmicas faltando algum mineral como o ferro. É bom comentar como seu médico sobre isto.
Desejos existem? Temos desejos de comer algum alimento mesmo fora da gravidez. Ou precisamos que nos agradem por carinho e pedimos a alguém algo que queremos comer; às vezes algo muito difícil de ser encontrado como frutas fora de época.
Que alimentos têm ferro? Feijão, carnes principalmente as vermelhas, gema de ovo (nunca crua porque pode estar contaminada por bactéria como salmonela), folhas verdes, pipoca, miúdos de galinha ou boi etc.
Quantos quilos a gestante pode engordar na gestação? Quanto menos a gestante engordar, melhor. O tanto que a mulher engorda não tem relação com o peso ou tamanho do bebê. A gestante não precisa engordar mais que 10 a 12 quilos. A obesidade pode trazer problemas de saúde para gestante, no parto e pós-parto.
Será que o corpo da gestante voltará a ser como antes da gravidez? Cada pessoa tem uma tendência maior ou menor para ganhar peso. A gestação em si não é motivo de ganho exagerado de peso que dará trabalho para perder após o parto. Mas, não é bom ficar muito ansiosa com a balança que acaba comendo por ansiedade. O corpo grávido leva um tempo para voltar ao seu estado normal, o que é peso a mais tem dificuldade para ser perdido.
O que fazer para melhorar as cólicas do bebê? Alguns bebê, até 3 meses de vida têm cólicas quando mamam ou após mamarem porque seu aparelho digestivo ainda não está bem maduro. O bebê com cólicas larga o seio para chorar esfregando a boca no seio. O mais importante é não se desorientar quando o bebê chorar com cólicas. A cólica só piora se o bebê sentir que a mãe ou cuidador está nervoso e a cólica só aumentará. Se ele está com dor precisa sentir que alguém está apoiando-o, segurando-o no colo e conversando com ele se sentirá mais seguro e calmo. Faça o bebê arrotar depois das mamadas para soltar o ar que engole enquanto mama. Bebês que mamam excesso de leite costumam ter muitas cólicas. Por isso é importante verificar se o bebê está mesmo chorando de fome antes de uma hora e meia após a mamada. O leite materno leva mais ou menos 1,5 h para fazer a digestão. Chás provocam muitas cólicas no bebê. Antigamente usava-se chás pensando que ajudavam a diminuir as cólicas do bebê. Bebês que mamam peito têm menos cólicas que bebês que mamam outros leites. As cólicas são mais comuns nos primeiros filhos pelo fato dos pais estarem mais inseguros e tensos. A maioria dos bebês têm cólicas à tardezinha, quando os pais já estão mais cansados. A mãe ou pai além de conversarem com o bebê podem massagear sua barriguinha com massagens circulares no sentido do relógio para que a criança relaxe e solte os gases. Colocar o bebê de bruço no colo, na coxa ou no berço pode ajudar a relaxar a barriguinha e soltar os gases e melhorar a cólica. O choro é a linguagem que o bebê usa para comunicar que precisa de algo.
Será que o meu peso vai voltar depois do parto? Cada mulher tem uma tendência do próprio organismo para ganhar peso. É natural que a gestante se preocupe com medo de perder a forma antiga, ficar feia. Quanto menos engordar, menos peso para perder após o parto. Tem + ou- 3 k do bebê, peso da água, aumento dos seios e retenção de água no corpo etc. “Dá medo da gente se transformar como pessoa ao se tornar mãe”. Passar de filho para também mãe e pai”.
Qual parto é o melhor, parto normal ou cesárea? Não existe parto ideal ou que é melhor. Claro, se tudo corre bem o parto normal é a forma natural de ter filhos. O corpo da mulher foi feito para isto. Na gravidez todo o corpo se prepara para o parto. As articulações ficam mais frouxas... A recuperação no caso de cirurgia é mais demorada e dolorida. Quando não tem condições, a cirurgia (cesárea) está aí para ajudar. Como toda cirurgia tem seus riscos para mãe e bebê. Não se pode idealizar um só tipo de parto para não se decepcionar se não der certo o parto imaginado. Mas, pela porta natural (parto) ou pela janela de emergência (cesareana), o importante é que o bebê nasça pronto, maduro e que seja acolhido com muito amor e cuidados neste mundo tão diferente do útero: seco, frio, claro, barulhento, grande. Mais importante do que o tipo de parto é respeitar o tempo do bebê; esperar um sinal de que ele está pronto para vir ao mundo e não ter pressa e marcar e tirá-lo do útero antes da hora. Por que tanta aflição e não se espera o sinal do corpo? A mulher deve lutar pelo seu direito de ter o filho como deseja e de respeitar o seu amadurecimento no útero; é uma questão vital. Os pulmões são os últimos órgãos que amadurece no bebê e precisa estar maduro para a respiração da criança.
O parto normal dói muito? “Cada pessoa tem um grau de tolerância para a dor. O importante é compreender o que está acontecendo no organismo. Saber o que é contração; para que serve a contração. Respirar ajuda a diminuir e evitar a dor, a relaxar e a dilatar a porta do útero onde o bebê vai passar. Caminhar durante o trabalho de parto ajuda a acelerar, aquecer e doer menos. Usar a bola, ficar de cócoras, massagens nas costas ou nas cristas ilíacas. Muito importante é ser bem honesta ao dizer para o médico sobre a dor; se está tolerável, mais forte... Reunir no momento do parto o menor número de pessoas ao redor da gestante par que o ambiente esteja calmo. Não é momento de ouvir palpites, partos complicados e pressões. Reúna só pessoas que podem lhe dar afeto, apoiar e que você goste. Seu companheiro, sua mãe, você é que sabe quais são estas pessoas.
Por que tenho caimbras? O que devo fazer par melhorar e preveni-las? Por causas hormonais da gravidez, distensão muscular e pela baixa do cálcio. A gestante deve ingerir muita água e mais alimentos com cálcio como leite ou derivados, e banana (potássio). Com o joelho estendido flexionar o pé para trás em direção ao corpo. As gestantes que vivem em ambientes tensos tendem a ter mais caimbras. Relaxamento pode ser útil.
Tenho medo de cesárea e de parto normal. É meu primeiro filho. Tudo que é novo nos assusta e dá medo. Mas, o bebê vai ter de nascer de um modo ou de outro. É como estivesse numa estrada de mão única, não? Não tem como voltar. Você não é primeira mulher nem a última a ter bebê. A cesárea quando bem indicada é segura.
Como saber se está na hora do parto? As contrações ficam mais fortes, com intervalos menores e ganham um ritmo. Quando nas contrações estiverem de 10 em 10’, a gestante pode se internar. Poderá ou não perder o tampão mucoso (muco que pode ter rajas de sangue ou não que é expelido pela vagina).
Tenho medo do bebê não ser normal. Toda pessoa tem medo de ter filhos com problemas e é bom falar disto que alivia. Todos temos medo de sermos maus e não merecermos um filho sem problemas. Mas, a maioria nasce sem problemas, por que se preocupar se é tão raro? O pré-natal já ajuda a evitar vários problemas.
A anestesia na coluna dói? Dizem que a agulha da anestesia é enorme. O tamanho da agulha não interfere na dor. O que pica é a agulha. A picada dói como uma injeção qualquer e você sente a medicação entrando no local. Uma anestesia no momento do parto é para tirar a dor ou porque o bebê vai chegar daí um pouquinho. É diferente de imaginar uma anestesia hoje sem motivos. A cirurgia só vai começar quando a anestesia tiver pegado, pode ficar segura disto. O anestesista testa o local para verificar se está anestesiado.
Tenho preocupação com a criação de filhos atualmente. Os filhos hoje dão muito trabalho. Filhos como tudo que é importante na vida, exigem investimento de tempo e atenção. A personalidade da criança é construída na infância na relação desta com os pais e cuidadores. Filhos precisam de receber cuidados, sentir que são amados, ter convivência, diálogo, a verdade, aprender a assumir as conseqüências do erro e receber limites( dizer não para o que está errado ou aprender a esperar, o que vai ajudar a criança a ser um adulto equilibrado psicologicamente). Os filhos de hoje não são mais levados ou rebeldes; são os pais que não conseguem serem firmes e por limites aos filhos. Os pais têm culpa por não terem muito tempo com o filho e acabam deixando o filho fazer o que quer. Daí ele cresce desorientado, fraco de caráter, achando que é o dono do mundo e não sabe dizer não para o que não é certo. A família é que dá a base na formação do adulto.
Meu filho mais velho está me chutando a barriga, me mordendo de ciúmes do bebê que vai chegar. Não sei o que fazer. É difícil para a criança saber que vai chegar um irmãozinho. É como o nosso marido ou namorado chegar em casa com outra. O que a gente sentiria? Não é ciúmes, raiva ou medo de ser deixada? Quem garante para a criança que os pais vão continuar a amá-la? Que tem lugar no coração dos pais para cada filho. Nenhum vem tirar o lugar do outro. Primeiro é preciso aceitar que é normal e saudável que a criança sinta e demonstre os seus ciúmes e raiva para não ter de regredir, gaguejar, falar como bebê, voltar a fazer xixi na cama, a mamar, adoecer, dar birras enormes, bater nos coleguinhas etc. A criança deve entender que não é errado ter raiva do irmãozinho ou da mamãe e do papai. Todos temos raiva de quem gostamos; a raiva não destrói a relação nem deixamos de gostar das pessoas porque brigamos com elas. A briga quando construtiva pode até fortalecer a relação. Briga positiva= Uma briga em que sem bater, humilhar ou gritar cada um fala o que sente; e a briga tem início, meio e fim. A criança pode dizer da raiva que sente, mas não pode bater na barriga da mãe ou no irmãozinho. Não mande a criança fazer carinho ou beijar a barriga ou o irmãozinho. Deixe ela extravazar a sua raiva que o amor vai vindo espontaneamente. À medida que a criança perceber que os pais continuam se importando com ela e amando-a não precisará testá-los a todo momento.
Minha barriga parece pequena para 6 meses de gravidez. A de minha prima que está no mesmo mês está bem maior. Será que tenho problemas? “Você parece ter medo do bebê ter problemas. Como é isto? Nenhuma barriga de gestante é igual, mesmo porque as pessoas têm corpos diferentes. Uma é mais pontuda, outra mais redonda,; uma maior, outra menor. Isto não tem relação nenhuma com o tamanho do bebê e se ele tem ou não problemas. O que importa é a medida que o médico faz na consulta medindo o fundo de útero e o contorno da barriga”.
Será que vou ser boa mãe? Darei conta de continuar trabalhando e cuidando bem do filho? “Às vezes a gente pode estar se perguntando se estamos prontas para sermos mães. Agora que vamos ser não só filhas, mas também mães, nos assustamos um pouco. Aos poucos vamos aprendendo a administrar o nosso tempo e continuarmos a ser bons profissionais e boas mães. Mães perfeitas não existem. A mãe que cuida de si está melhor preparada para ser mãe. O que é ser “boa mãe”? A boa mãe é aquela que se permite sentir cansaço, raiva e que tem limites”.
Faz mal fazer sexo na gravidez? Não. O sexo, em qualquer fase da gestação só faz bem para unir o casal, relaxar a musculatura vagino perineal e relaxar o casal momentaneamente. Somente em casos que houver contra-indicação médica é que não deve ser praticado; o que é raro. Existem muitas formas de carinho no sexo além de penetração pênis-vagina.
Será que terei leite suficiente para o bebê? “Podemos estar com medo de não termos amor o suficiente para darmos ao bebê? Ser filha é mais cômodo; a gente recebe afeto; agora teremos que dar afeto”. A princípio toda mulher tem leite e a produção de leite aumenta à medida que o bebê suga. Quanto mais o bebê sugar, mais leite será produzido.
Tenho medo da gripe suína. Como toda gripe é contagiosa devemos tomar os cuidados de prevenção como lavar as mãos com água corrente e sabão, evitar contato com saliva, não compartilhar objetos pessoais como escovas de dentes toalhas de mãos; evitar locais não arejados e com aglomeração de pessoas. Qualquer sinal de gripe com febre, tosse etc procurar um médico. Lembrar que a nossa defesa é aumentar a resistência do nosso organismo com uma boa alimentação, vitamina C (limão china ou qq, acerola, laranja, pimentão etc.). O bebê ao nascer deve mamar que estará recebendo a melhor vacina contra as gripes e outras doenças.
O que posso fazer para não ter estrias? A tendência para estrias varia de pessoa para pessoa. Claro que engordar exageradamente pode fazer aparecerem estrias em quem tem tendência. Comer carne de boi, músculo (contém colágeno), ajuda a melhorar os tecidos.
Amamentar faz os seios ficarem flácidos? Este é um falso conceito de vaidade. Não é amamentar que faz os seios caírem ou ficarem flácidos. A gravidez é que traz transformações na mama. A tendência para flacidez e caimento das mamas depende de cada corpo. O que fica flácido e caído é o corpo da mama e não o mamilo e aréola onde o bebê suga. Ao contrário, ao desmamar gradualmente as mamas poderão voltar ao seu estado anterior mais naturalmente do que bruscamente no desmame abrupto. Assim amamentar ajuda as células voltarem de forma mais natural e diminuir a chance de flacidez e caimento dos seios.
Por que urinamos toda hora no início da gravidez? Porque no início da gestação a bexiga está apertadinha debaixo do útero que ainda não se projetou no anel pélvico (a barriga ainda não aparece). Um pouquinho de urina que chega dá desconforto e tem que ser esvaziada. No final da gravidez também a mulher urina com freqüência porque o útero está pressionando a bexiga com a cabeça do bebê virado para baixo para nascer.
Por que as gestantes costumam ter varizes? O sangue aumenta o volume na gestação e sua velocidade fica menor para retornar das extremidades (pernas e braços). É preciso fazer exercícios circulatórios e elevar as pernas apoiadas para ajudar no retorno do sangue par o coração.
Angela Maria Amâncio de Ávila
Divulgação dos Benefícios do Aleitamento Materno e NBCAL em Araxá e Região
CARTA ABERTA AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE ARAXÁ e REGIÃO
Esperamos que os meios de comunicação como parte integrante da rede social de promoção e proteção à Amamentação possam ser parceiros no Projeto MATERNAR. Parceiros no sentido de divulgar em Araxá os benefícios do Aleitamento Humano, as experiências positivas sobre aleitamento materno, estimulando e promovendo campanhas em prol da amamentação. Essencial se faz que possam divulgar as leis que protegem a Amamentação e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Infantis para Crianças de 1ª Infância, Mamadeiras, Bicos e Chupetas (NBCAL).
Assim estaremos cumprindo a NBCAL e a Lei 11.265 e colaborando para evitar o desmame infantil precoce e para o resgate da cultura da Amamentação no município d e Araxá e região.
Assim estaremos cumprindo a NBCAL e a Lei 11.265 e colaborando para evitar o desmame infantil precoce e para o resgate da cultura da Amamentação no município d e Araxá e região.
Projeto MATERNAR
Secretaria Municipal de Saúde de Araxá
Setor de Saúde Mental
Monitoramento e Fiscalização da NBCAL em Araxá e Região
CARTA ABERTA AO PROCON DE ARAXÁ e REGIÃO
O Projeto MATERNAR tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida materno-infantil. As ações do projeto MATERNAR visam a capacitação de profissionais para a educação em saúde com famílias grávidas e a promoção, apoio e proteção ao aleitamento materno.
Esperamos que o PROCON como parte integrante da rede social de proteção do direito fundamental à alimentação saudável possa ser parceiro do Projeto MATERNAR. Parceira no sentido de monitorar e fiscalizar a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Infantis para Crianças de 1ª Infância, Mamadeiras, Bicos e Chupetas (NBCAL) e a Lei 11.265, colaborando para evitar o desmame infantil precoce e fortalecer o apoio e a proteção ao aleitamento materno no município de Araxá e microrregião.
Projeto MATERNAR
Secretaria Municipal de Saúde de Araxá
Setor de Saúde Mental
Esperamos que o PROCON como parte integrante da rede social de proteção do direito fundamental à alimentação saudável possa ser parceiro do Projeto MATERNAR. Parceira no sentido de monitorar e fiscalizar a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Infantis para Crianças de 1ª Infância, Mamadeiras, Bicos e Chupetas (NBCAL) e a Lei 11.265, colaborando para evitar o desmame infantil precoce e fortalecer o apoio e a proteção ao aleitamento materno no município de Araxá e microrregião.
Projeto MATERNAR
Secretaria Municipal de Saúde de Araxá
Setor de Saúde Mental
Dicas de Amamentação
A Amamentação evita alergias e infecções e fortalece o vínculo mãe filho. Quanto tempo o bebê deve ser amamentado?
Quem resolve quando quer desmamar a criança é a dupla mãe e filho. Nenhuma pessoa ou profissional de saúde tem o direito de criticar ou de pressionar a mãe para desmamar o filho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde para ter um desenvolvimento adequado e saúde a criança deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses de vida e a amamentação deve ser completada até 2 anos ou mais.
Aleitamento Materno Exclusivo: A criança recebe apenas leite diretamente do peito da mãe ou ordenhado mais as vitaminas ou medicamentos que necessite.
OBS: Se a criança recebe água, chá, suco ou qualquer outro líquido ou sólido, o aleitamento não é exclusivo.
Quem resolve quando quer desmamar a criança é a dupla mãe e filho. Nenhuma pessoa ou profissional de saúde tem o direito de criticar ou de pressionar a mãe para desmamar o filho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde para ter um desenvolvimento adequado e saúde a criança deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses de vida e a amamentação deve ser completada até 2 anos ou mais.
Aleitamento Materno Exclusivo: A criança recebe apenas leite diretamente do peito da mãe ou ordenhado mais as vitaminas ou medicamentos que necessite.
OBS: Se a criança recebe água, chá, suco ou qualquer outro líquido ou sólido, o aleitamento não é exclusivo.
Como preparar as mamas durante a gravidez para a amamentação?
Não usar nenhum produto nos mamilos e aréola (bola marrom do seio). Cremes, óleos, hidratantes, sabonetes e outros produtos podem ressecar, descamar e despigmentar a área mamilo-areolar predispondo-a a fissuras. O uso de buchas, toalha e qualquer fricção nos mamilos pode machucá-los.
Quando o bebê deve ser colocado para mamar após o parto?
O mais cedo possível após o parto, logo que a mãe estiver bem e disposta para isto. Bebês que são colocados no peito mais cedo apresentam menos problemas na amamentação e mãe e filho se apegam mais facilmente. A primeira mamada deve ser realizada num ambiente de tranqüilidade e apoio, sem pressão, sem palpites, mas com muito afeto e colaboração principalmente do pai e dos avós; só assim a mãe terá afeto bastante para dar ao filho que chega ao mundo.
Quando chega o leite da mãe após o parto?
Na mãe de primeiro filho, o leite geralmente chega na noite do 3º para o 4º dia após o parto. Em casos de mães de 2º filho em diante o leite poderá descer antes deste tempo. E mães que fizeram plástica redutora devem ser observadas e algumas precisam estimular mais suas mamas com massagens e ordenhas nos intervalos além da sucção do bebê.
O bebê não vai ficar com fome mamando só o colostro que é aquela aguinha que tem no peito até o leite chegar?
Não. O colostro tem todos os nutrientes que o recém-nascido precisa. Ele contém água, sais minerais, proteínas, hormônios de crescimento, açúcares e gorduras essenciais em quantidades mais concentradas e adequadas ao crescimento saudável do bebê humano.
Em que posição mãe e bebê devem estar durante a amamentação?
A mãe deve estar sentada bem confortável, com as costas escoradas se possível; o bebê deve estar desembrulhado do manto e com o mínimo de roupas para facilitar o contato pele a pele, mesmo se estiver fazendo frio, pois o calor do corpo da mãe aquece o filho. O bebê deve estar com o corpo voltado para o corpo da mãe (umbigo da mãe com umbigo do bebê). As mãos do bebê devem estar soltas, uma embaixo da axila da mãe como num abraço e a outra sobre o seio materno. O bumbum do bebê deve estar apoiado no colo materno e a cabeça mais alta que seu corpo no canto do antebraço. O queixo do bebê deve estar encostado ao seio da mãe. As costas da criança devem estar retas sem curvar.
Não usar nenhum produto nos mamilos e aréola (bola marrom do seio). Cremes, óleos, hidratantes, sabonetes e outros produtos podem ressecar, descamar e despigmentar a área mamilo-areolar predispondo-a a fissuras. O uso de buchas, toalha e qualquer fricção nos mamilos pode machucá-los.
Quando o bebê deve ser colocado para mamar após o parto?
O mais cedo possível após o parto, logo que a mãe estiver bem e disposta para isto. Bebês que são colocados no peito mais cedo apresentam menos problemas na amamentação e mãe e filho se apegam mais facilmente. A primeira mamada deve ser realizada num ambiente de tranqüilidade e apoio, sem pressão, sem palpites, mas com muito afeto e colaboração principalmente do pai e dos avós; só assim a mãe terá afeto bastante para dar ao filho que chega ao mundo.
Quando chega o leite da mãe após o parto?
Na mãe de primeiro filho, o leite geralmente chega na noite do 3º para o 4º dia após o parto. Em casos de mães de 2º filho em diante o leite poderá descer antes deste tempo. E mães que fizeram plástica redutora devem ser observadas e algumas precisam estimular mais suas mamas com massagens e ordenhas nos intervalos além da sucção do bebê.
O bebê não vai ficar com fome mamando só o colostro que é aquela aguinha que tem no peito até o leite chegar?
Não. O colostro tem todos os nutrientes que o recém-nascido precisa. Ele contém água, sais minerais, proteínas, hormônios de crescimento, açúcares e gorduras essenciais em quantidades mais concentradas e adequadas ao crescimento saudável do bebê humano.
Em que posição mãe e bebê devem estar durante a amamentação?
A mãe deve estar sentada bem confortável, com as costas escoradas se possível; o bebê deve estar desembrulhado do manto e com o mínimo de roupas para facilitar o contato pele a pele, mesmo se estiver fazendo frio, pois o calor do corpo da mãe aquece o filho. O bebê deve estar com o corpo voltado para o corpo da mãe (umbigo da mãe com umbigo do bebê). As mãos do bebê devem estar soltas, uma embaixo da axila da mãe como num abraço e a outra sobre o seio materno. O bumbum do bebê deve estar apoiado no colo materno e a cabeça mais alta que seu corpo no canto do antebraço. O queixo do bebê deve estar encostado ao seio da mãe. As costas da criança devem estar retas sem curvar.
Como saber se o bebê está sugando corretamente?
Uma Pega Correta evita rachaduras nos mamilos e facilita a obtenção de maior quantidade de leite pelo bebê. O bebê deve estar com o corpo voltado para o corpo da mãe e com o queixo encostado no seio em que mama; os lábios devem estar abertos como uma boquinha de peixe abocanhando toda a parte inferior da aréola (bola marrom do seio) e deixando um pouco da aréola superior à vista. Só assim o bebê pressionará com as gengivas os depósitos cheios de leite que ficam no fim da aréola. Uma sucção eficiente não ocorre com barulhinhos, estalidos, bochechas tensas ou covinhas do bebê. A mandíbula do bebê sobe e desce se observarmos de lado, como se o bebê mastigasse. A cada 2 ou 3 sugadas do bebê ouve-se o barulhinho da deglutição do leite que se acumula na sua boca. Se a pega do bebê estiver correta, a mãe não sentirá dor ao amamentar; o selamento labial estará perfeito, o mamilo arejado e posicionado no céu da boca da criança corretamente extraindo leite dos depósitos (na aréola).
PEGA CORRETA
Boca bem aberta e queixo encostado no peito.
Lábio interior virado para fora.
Língua acoplada em torno do seio como concha.
Bochechas redondas.
Mais aréola acima da boca do bebê.
Sugadas lentas, profundas, sem ruídos e com pausa.
Pode-se ver ou ouvir a deglutição.
Boca pouco aberta.
PEGA INCORRETA
Lábio inferior para dentro.
Língua do bebê na visível.
Bochechas tensas ou covas.
Mais aréola abaixo da boca. do bebê.
Apenas sugadas rápidas.
Ouvem-se ruídos altos.
Lábio inferior para dentro.
Língua do bebê na visível.
Bochechas tensas ou covas.
Mais aréola abaixo da boca. do bebê.
Apenas sugadas rápidas.
Ouvem-se ruídos altos.
Como saber se o leite desceu?
Os peitos ficarão quentes, duros e com maior volume. Geralmente isto ocorre nas mães de primeiro filho na noite do 3º para o 4º dia após o parto. O auge da produção de leite (empedrado) ocorre geralmente em torno do 5º ou 6º dia após o parto.
Qual a aparência do leite materno?
O leite materno tem aparência aguada e rala. 2/3 do leite materno é fabricado durante a sucção. O leite do início da mamada é mais ralo e aguado; contém água, sais minerais, proteínas, hormônios do crescimento, açúcar (lactose), anticorpos (vacina). O leite do fundo do peito é mais grosso e só é produzido durante a sucção além de mais calórico e rico em gorduras. É o que engorda e sacia o bebê. Por isso o bebê deve esvaziar bem uma mama até esgotá-la e só assim passar para a outra. O leite humano pode variar em qualquer tom de branco, cinza, bege, verde ou amarelado. Quando for vermelho cor de tijolo, é bom que seja avaliado; pode ser que tenha rompido algum vaso sanguíneo na mama. O leite humano pode variar de cor e sabor de acordo com a alimentação da mãe. Ex: Se a mãe come muita cenoura ele pode se tornar mais amarelado. Se come ora pronóbis, esverdeado. O leite da mãe tem a propriedade de absorver odores. Se a mãe guarda ou congela seu leite em vidro tampado sem colocá-lo em uma vasilha plástica, este pode ficar com cheiro de carne, etc.
Colostro: Leite do 1º ao 7º dia após o parto.
Leite de Transição: Leite do 7º ao 15º dia após o parto. Leite Maduro: Leite do 15º após o parto.
O leite humano varia de composição de acordo com as necessidades da criança em cada idade.
OBS: Se o bebê nasce prematuro o leite que a mãe produz é próprio e adequado para ele. Contém mais rico zinco e anticorpos por exemplo.
Como evitar seios empedrados?
Amamentando o bebê sempre que ele quiser. Não usando compressas quentes ou geladas nos seios; o calor leva a um aumento da circulação sanguínea e consequentemente, do hormônio responsável pela produção de leite, o que levará a mais empedrado e cria-se um círculo vicioso. O gelo após o seu uso atua como o calor. O empedrado geralmente é bilateral e a dor e desconforto da mãe melhoram após o esvaziamento das mamas. Antes das mamadas, nos primeiros 10 dias após o parto, apalpar os seios para verificar se existem pontos empedrados; massagear com as polpas dos dedos com massagens suaves, circulares e numa profundidade de mais ou menos 2 cm e “varrendo” com os 4 dedos desde o começo do seio até a ponta. Em seguida, retirar o excesso de leite da mama manualmente: pressionar com as polpas dos dedos indicador e polegar ou polegar e médio e empurrar para o corpo enquanto puxa para frente, até que o leite esguiche. Se não sair leite é porque os dedos não estão pressionados um ao outro comprimindo os canais da mama. Não utilizar bombas ou tira-leites; estes podem levar os mamilos a graves fissuras. Seios empedrados podem provocar calor e rubor em toda a mama e geralmente é bilateral. Também febre pode ocorrer; e após o esvaziamento das mamas estes sintomas desaparecem. Se o bebê mamar nos seios empedrados estes poderão ferir e doerem o que predispõe à entrada de microorganismos causadores de mastites. Se o excesso de leite não for retirado na fase de empedrado, a produção láctea poderá cair e até secar, pois a glândula produtora de leite (alvéolos) está sendo comprimida. Nesta fase de desequilíbrio as mamas devem ficar eretas sem dobramento dos canais (ductos). Aos poucos, depois de aproximadamente quinze dias após o parto, a quantidade de leite que é produzido vai se equilibrando; só vai produzir o que o bebê mamar; as mamas já não vazam ou ficam empedradas; apenas ficam cheias nos horários das mamadas. Quando precisar aliviar o empedrado poderá doar este excesso de leite ao BANCO de LEITE HUMANO; ele poderá salvar vidas de outros bebês doentes que dele precisam. A doadora deve se informar no Banco de Leite Humano para receber as orientações prévias necessárias.
Se retirar leite do peito não vai faltar para o bebê?
Não. Ao contrário. Quanto mais leite se retira do peito, mais é produzido. Aliás, a melhor forma de se aumentar a produção de leite de uma mãe é ordenhar 3 a 4 vezes ao dia entre as mamadas ou o fazer o bebê mamar mais frequentemente.
Como são as fezes do bebê que mama só o peito?
São líquidas ou/e pastosas, podendo variar do verde espinafre ao amarelo. O bebê que mama só o peito nos primeiros dias de vida o bebê evacua toda vez que mama. Depois de alguns dias vai evacuar uma ou mais vezes e alguns podem falhar até uns 5 dias sem evacuar. Se isto ocorrer, a mãe deve comentar com o pediatra até mesmo para se tranquilizar. É que às vezes o leite materno é tão bem absorvido e pode acontecer de não sobrar resíduos para evacuar.
Como saber se o seu leite está sendo suficiente para o bebê?
O bebê que mama suficientemente molha de 6 a 8 fraldas em 24h; sua urina deve ser bem clarinha. Mamando o leite posterior (do fundinho do peito), ficará saciado, tranqüilo e ganhará peso ideal na balança. Não se pode esquecer que o desenvolvimento do bebê deve ser avaliado também pelo o crescimento e não só o aumento de peso.
E quando a mãe volta a trabalhar, como deve proceder?
Se a mãe tiver de voltar a trabalhar antes dos 6 meses de vida do bebê, ela poderá, quinze dias antes da volta ao trabalho, congelar o leite retirado manualmente. Após os 6 meses a mãe poderá amamentar os horários que estiver em casa, nos demais, a criança será alimentada também com outros alimentos essenciais ao seu desenvolvimento e nutrição. Para ordenhar o leite será mais fácil pela manhã, já que a maior produção de leite ocorre na madrugada quando a mãe está em repouso. A mãe deve lavar as mãos com água e sabão, estar com os cabelos presos e as janelas fechadas e em local limpo e que não seja a cozinha ou banheiro para não haver contaminação. O leite deve ser retirado em um copo de vidro (esterilizado previamente 20’ em água fervente). A cada coleta, ferve-se um copo e leva-o ao vidro do congelador que não poderá ficar fora do congelador. Também devem ser esterilizados da mesma forma os vidros de congelamento do leite materno e etiquetados com a data da primeira coleta antes de serem congelados. Os vidros devem ser enchidos deixando-se um espaço vazio para a dilatação com o congelamento e bem rosqueados. Estes vidros com leite cru devem ser congelados e guardados em congelador ou freezer por 15 dias em vasilhas plásticas tampadas. O leite retirado do seio poderá ser conservado 24h na prateleira da geladeira e administrado ao bebê dentro deste prazo. A criança vai aos poucos percebendo que a mãe vai, mas, voltará e assim aprenderá a confiar no mundo e nas pessoas. O que determina ser boa mãe não é a quantidade de tempo que se passa com o filho, mas a qualidade e afetos envolvidos neste tempo de convivência.
Como descongelar o leite materno e dar ao bebê?
Coloca-se o vidro de leite congelado em banho-maria; quando a água começar a aquecer desliga-se o fogo e coloca-se o vidro até que o leite derreta todo. Pode misturar a gordura que fica na superfície levemente sem sacudir para não alterar o sabor, senão o bebê pode estranhar o gosto. Este leite pode ser administrado ao bebê em copinho plástico ou xícara de vidro com borda. A pessoa que for dar o leite no copinho fica assentada, com pernas cruzadas e o bebê no oco das pernas com cabeça acima do próprio corpo como se estivesse assentado. O copo deve estar com leite apenas até o meio e deve ser colocado dos dois lados da boca do bebê e inclinado pra entornar o leite apenas quando o bebê fizer movimentos de busca com os lábios, gengiva ou língua. O bebê começa lambendo o leite e acaba sorvendo-o. Voltar à posição inicial do copo sem retirá-lo dos cantos dos lábios do bebê e voltar a incliná-lo quando perceber a busca. Se sobrar leite no copinho joga-se fora.
Quanto tempo pode ser aproveitado o leite descongelado?
O leite descongelado poderá ser conservado na prateleira da geladeira apenas 24h. Nunca na porta da geladeira ou fora desta.
O que fazer para prevenir rachaduras ou fissuras mamilares durante a amamentação?
Não usar na aréola e mamilos fricções, sabonetes, cremes, óleos ou pomadas; isto pode predispor as mamas a fissuras. Após o parto, arejar bem as mamas mantendo-as secas ao ar e retirar o excesso de leite. Se o bebê sugar a mama empedrada, vai extrair pouco leite e vai machucar os mamilos. Se o seio estiver empedrado, a pega vai ficar incorreta, o que constitui a maior causa de rachaduras. Evitar deixar as mamas úmidas com protetores ou conchas; evite a bomba ou tira-leite para ordenhar o leite materno, isto poderá ferir os mamilos. Evitar o uso de conchas, protetores de seios ou fraldas nos seios; isto faz com que as mamas fiquem úmidas e constitui um meio propício para proliferar bactérias.
Quais os sinais de Mastite?
Mastite é uma inflamação das mamas. Os principais sinais de mastite geralmente são dor e rubor (vermelho) localizados na mama; geralmente é unilateral; a dor não alivia após a ordenha da mama. A mulher sente um mal estar geral, febre e dor em todo o corpo. A mulher deve ordenhar o seio afetado bastante; não deixar leite represado e colocar o bebê para mamar neste e descansar bastante. Se a febre e os sinais persistirem após 24h, procurar o médico para avaliar e medicar se for necessário. Continuar ordenhando mesmo que tenha que usar medicamentos temporariamente que melhorará mais depressa. Se tiver abcesso próximo à aréola e tiver que ser drenado, amamente no seio que está bem até melhorar o quadro e conseguir amamentar neste. Evite mastites prevenindo rachaduras, empedrados e usando soutien. Geralmente a mulher estressada tem mais predisposição a empedrados persistentes e exagerados e a mastites; esta mãe precisa de descanso, tranqüilidade, de muito apoio emocional do companheiro e familiares e de ajuda do profissional de saúde.
Qual a duração das mamadas?
O bebê quando não tem nenhuma recomendação especial do pediatra deve mamar no intervalo que quiser (livre demanda). O recém-nascido precisa ser amamentado mais frequentemente para não ter hipoglicemia (mais ou menos de 3 em 3h). Aos poucos, se o bebê está se desenvolvendo (curva de peso e crescimento), o pediatra poderá autorizar a suspensão de uma mamada do meio da madrugada. A duração da mamada é o bebê que vai regular; alguns mamam o que precisam em 30’; outros mais vorazes o fazem em menos tempo.
O bebê deve sugar as 2 mamas em cada mamada?
O bebê precisa mamar uma mama até esgotá-la; só assim chegará ao leite do fundo do peito que é o mais calórico, que engorda e sacia a criança. Até o leite descer o bebê deve sugar as duas mamas para estimular igualmente a produção de leite. A maioria dos recém-nascidos não consegue esgotar as duas mamas até o final, portanto o ideal é que sugue uma mama em cada mamada. Aos poucos o bebê vai conseguindo esgotar as duas mamas em todas mamadas.
Existe leite fraco?
Não existe leite fraco. Pode ocorrer do bebê não mamar o leite do fundo do peito que é 5 vezes mais calórico e gorduroso e por isso não ganhar peso, não ficar saciado e querer mamar muito freqüente até de hora em hora.
Qual o intervalo ideal entre as mamadas?
O ideal é a LIVRE DEMANDA. O bebê mama quando ele quer. Afinal ele não é automóvel que esvazia o tanque certinho. O apetite do bebê, como o nosso pode variar. Quando nasce o bebê deve ser acordado e colocado para mamar nas duas mamas para estimular a chegada do leite no O colostro não esguicha e enche as mamas, mas é mais concentrado do que o leite que chegará e contém tudo que a criança necessita nesta fase. Portanto máximo de 3 em 3 horas para que não tenha hipoglicemia. A maioria dos bebês precisa ser estimulada e acordada para pegar bem o peito. Ás vezes o bebê quer mamar num intervalo de duas horas ou duas horas e meia. Aos poucos o bebê vai criando o próprio ritmo. A digestão do leite materno leva mais ou menos 1:30. Se o bebê mamar mais do que precisa pode sobrecarregar o estômago e ter cólicas.
Referências:
LANA, A. P. B.- O Livro de Estímulo à Amamentação. S. Paulo: Atheneu: 2001.
MELO, S. L. de-AMAMENTAÇÃO Contínuo Aprendizado. B. Horizonte: COPMED: 2005.
REGO, J. D. -Aleitamento Materno. S. Paulo, Atheneu: 2001.
TAMEZ, R. N.- CARVALHO, M. R. de - Bases Científicas para a prática profissional. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan: 2002.
Sugestão de sites:
http://www.aleitamento.com/
http://www.ibfan.org/
http://www.jped.com.br/
http://www.iblce.org/
Elaboração: Angela Maria Amâncio de Ávila IBCLC -10217853
Quais os sinais de Mastite?
Mastite é uma inflamação das mamas. Os principais sinais de mastite geralmente são dor e rubor (vermelho) localizados na mama; geralmente é unilateral; a dor não alivia após a ordenha da mama. A mulher sente um mal estar geral, febre e dor em todo o corpo. A mulher deve ordenhar o seio afetado bastante; não deixar leite represado e colocar o bebê para mamar neste e descansar bastante. Se a febre e os sinais persistirem após 24h, procurar o médico para avaliar e medicar se for necessário. Continuar ordenhando mesmo que tenha que usar medicamentos temporariamente que melhorará mais depressa. Se tiver abcesso próximo à aréola e tiver que ser drenado, amamente no seio que está bem até melhorar o quadro e conseguir amamentar neste. Evite mastites prevenindo rachaduras, empedrados e usando soutien. Geralmente a mulher estressada tem mais predisposição a empedrados persistentes e exagerados e a mastites; esta mãe precisa de descanso, tranqüilidade, de muito apoio emocional do companheiro e familiares e de ajuda do profissional de saúde.
Qual a duração das mamadas?
O bebê quando não tem nenhuma recomendação especial do pediatra deve mamar no intervalo que quiser (livre demanda). O recém-nascido precisa ser amamentado mais frequentemente para não ter hipoglicemia (mais ou menos de 3 em 3h). Aos poucos, se o bebê está se desenvolvendo (curva de peso e crescimento), o pediatra poderá autorizar a suspensão de uma mamada do meio da madrugada. A duração da mamada é o bebê que vai regular; alguns mamam o que precisam em 30’; outros mais vorazes o fazem em menos tempo.
O bebê deve sugar as 2 mamas em cada mamada?
O bebê precisa mamar uma mama até esgotá-la; só assim chegará ao leite do fundo do peito que é o mais calórico, que engorda e sacia a criança. Até o leite descer o bebê deve sugar as duas mamas para estimular igualmente a produção de leite. A maioria dos recém-nascidos não consegue esgotar as duas mamas até o final, portanto o ideal é que sugue uma mama em cada mamada. Aos poucos o bebê vai conseguindo esgotar as duas mamas em todas mamadas.
Existe leite fraco?
Não existe leite fraco. Pode ocorrer do bebê não mamar o leite do fundo do peito que é 5 vezes mais calórico e gorduroso e por isso não ganhar peso, não ficar saciado e querer mamar muito freqüente até de hora em hora.
Qual o intervalo ideal entre as mamadas?
O ideal é a LIVRE DEMANDA. O bebê mama quando ele quer. Afinal ele não é automóvel que esvazia o tanque certinho. O apetite do bebê, como o nosso pode variar. Quando nasce o bebê deve ser acordado e colocado para mamar nas duas mamas para estimular a chegada do leite no O colostro não esguicha e enche as mamas, mas é mais concentrado do que o leite que chegará e contém tudo que a criança necessita nesta fase. Portanto máximo de 3 em 3 horas para que não tenha hipoglicemia. A maioria dos bebês precisa ser estimulada e acordada para pegar bem o peito. Ás vezes o bebê quer mamar num intervalo de duas horas ou duas horas e meia. Aos poucos o bebê vai criando o próprio ritmo. A digestão do leite materno leva mais ou menos 1:30. Se o bebê mamar mais do que precisa pode sobrecarregar o estômago e ter cólicas.
Referências:
LANA, A. P. B.- O Livro de Estímulo à Amamentação. S. Paulo: Atheneu: 2001.
MELO, S. L. de-AMAMENTAÇÃO Contínuo Aprendizado. B. Horizonte: COPMED: 2005.
REGO, J. D. -Aleitamento Materno. S. Paulo, Atheneu: 2001.
TAMEZ, R. N.- CARVALHO, M. R. de - Bases Científicas para a prática profissional. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan: 2002.
Sugestão de sites:
http://www.aleitamento.com/
http://www.ibfan.org/
http://www.jped.com.br/
http://www.iblce.org/
Elaboração: Angela Maria Amâncio de Ávila IBCLC -10217853
Você sabia que todos nós devemos monitorar e fiscalizar a *NBCAL e as leis que protegem a amamentação?
NBCAL - Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras
A alimentação natural, mais do que simples ideologia, longe de fórmulas infantis e instrumentos que possibilitem a sua introdução, revelou-se verdadeiro direito fundamental, conquanto ligado à vida saudável da criança e, por muitas vezes, como garantidor da própria vida. Estima-se que a vida de seis milhões de crianças, a cada ano, poderia ser salva se adotadas as recomendações da OMS/UNICEF no sentido de manter-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e complementado até dois anos ou mais, pois a introdução de líquidos, que não o leite materno, nos primeiros seis meses de vida da criança, pode interferir negativamente na absorção de nutrientes e em sua biodisponibilidade, culminando com a diminuição da quantidade de leite materno ingerido, provocando menor ganho ponderal e aumento de risco para infecções, diarréias, desidratação e alergias. A maior parte da produção científica, nacional e internacional, afirma que a introdução de chupeta e mamadeiras é a principal causa de desmame precoce, atuando negativamente na oclusão dentária, nas estruturas moles e duras do sistema estomatognático, por fim, na saúde e, principalmente, na vida das crianças. O aleitamento materno também é apontado como importante fator no desenvolvimento craniofacial adequado, permitindo ótimo exercício da musculatura orofacial, estimulando as funções de respiração e deglutição, o que não acontece quando a mamadeira é utilizada. É certo, ainda que o uso de mamadeiras e chupetas pode provocar desvio no crescimento dos maxilares, provocando “maloclusões” ou “má oclusão” (mordida aberta anterior). Também é importante a amamentação na facilitação do vínculo mãe-filho que é o alicerce para a estruturação psíquica do ser humano. A cada ano, ainda morrem mais de dez milhões de crianças menores de 5 anos no mundo. A região das Américas, Brasil e México estão entre os 42 países em que ocorre a maioria destas mortes. A amamentação e alimentação complementar estão incluídas entre as 23 intervenções em sobrevivência infantil que são consideradas viáveis efetivas e de baixo custo. Em 10 de agosto de 1990, organizações não governamentais e representantes de governos de 40 países, incluindo o Brasil, reunidos em Florença, Itália, firmaram a Declaração de Innocenti (OMS, 2005). Esta carta de compromissos contém os fundamentos para uma política de proteção, promoção e apoio do aleitamento materno:
• Estabelecer uma coordenação nacional para implementar as ações de incentivo ao aleitamento materno.
• Transformar as rotinas das maternidades por meio da Iniciativa Hospital Amigo da Criança e implantando os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.
• Aprovar uma legislação trabalhista para permitir a amamentação entre as mulheres trabalhadoras.
• Implementar o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno. Posteriormente, foram incorporadas as propostas para implementar a alimentação complementar apropriada, assim como as ações nas situações de emergência, endemias e epidemias (como a Aids).
A política nacional de Aleitamento Materno tem desenvolvido estratégias de promoção, incentivo e proteção à Amamentação como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) implantando os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Outros trabalhos tem sido desenvolvidos como o Método Mãe Canguru, Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, Unidades Básicas Amigas da Amamentação, Semana Mundial do Aleitamento Materno. Já está comprovado e exaustivamente documentado que tal proteção é maior quando a criança é amamentada de forma exclusiva e por tempo prolongado. De acordo com a OMS, amamentação exclusiva significa que a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos (WHO, 2007). Com relação aos efeitos de longo prazo, observou-se que a amamentação também protege as crianças contra algumas doenças da vida adulta. Crianças amamentadas apresentam, posteriormente, valores mais baixos de pressão sanguínea e colesterol total e menos chance de sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, apresentam melhor desempenho em testes de inteligência. A falta do aleitamento materno tem também implicações econômicas para as famílias e a sociedade. No segundo ano de vida, além da proteção contra doenças, meio litro de leite materno fornece 31% das necessidades diárias de energia, 38% de proteína, 45% de vitamina A e 95% de vitamina C (OMS, 1997). Portanto, o aleitamento materno continua a ser um importante aliado para a segurança alimentar das crianças depois de um ano de idade. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Lei 11.265/2006 são instrumentos que visam proteger a amamentação, com a finalidade de garantir que todas a crianças recebam apenas leite materno nos seis primeiros meses de vida e, que após esse período, continuem sendo amamentados pelo menos até os dois anos e passem a consumir alimentos apropriados para a idade. A Rede International Baby Food Action Network (IBFAN) ou Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar é a única no Brasil e no mundo que possui uma tecnologia de monitoramento constante do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e das Normas Brasileiras de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Esta norma encontra forte amparo legal na Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.8.069/90). A violação desses regramentos sujeita os infratores às sanções previstas na Lei nº 6.437/77, que regulamenta a atuação dos fiscais da Vigilância Sanitária, cujas penalidades serão aplicadas de forma progressiva, de acordo com a gravidade e a freqüência da infração, podendo, inclusive, chegar à apreensão do produto, imposição de multa e interdição do estabelecimento. Conhecendo a Norma Brasileira de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL):
Profissionais de Saúde
Artigo 24 - Compete de forma prioritária aos profissionais e ao pessoal de saúde em geral estimular a prática do aleitamento materno.
Parágrafo Único - Os recursos humanos referidos no caput deste Artigo, em particular os vinculados ao setor público e às instituições conveniadas com o mesmo, deverão familiarizar-se com esta Norma, com vistas a contribuir para a sua difusão, aplicação e fiscalização.
Artigo 25 - A alimentação com o uso de leites infantis modificados deve ser prescrita por médicos ou nutricionistas, podendo ser demonstrada ou orientada por outro profissional de saúde, devidamente capacitado.
Artigo 26 - Fica vedado aos profissionais e pessoal de saúde distribuir amostras de produtos referidos nesta Norma a gestantes, nutrizes ou seus familiares.
Da Educação e Informação ao Público
• Estabelecer uma coordenação nacional para implementar as ações de incentivo ao aleitamento materno.
• Transformar as rotinas das maternidades por meio da Iniciativa Hospital Amigo da Criança e implantando os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.
• Aprovar uma legislação trabalhista para permitir a amamentação entre as mulheres trabalhadoras.
• Implementar o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno. Posteriormente, foram incorporadas as propostas para implementar a alimentação complementar apropriada, assim como as ações nas situações de emergência, endemias e epidemias (como a Aids).
A política nacional de Aleitamento Materno tem desenvolvido estratégias de promoção, incentivo e proteção à Amamentação como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) implantando os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Outros trabalhos tem sido desenvolvidos como o Método Mãe Canguru, Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, Unidades Básicas Amigas da Amamentação, Semana Mundial do Aleitamento Materno. Já está comprovado e exaustivamente documentado que tal proteção é maior quando a criança é amamentada de forma exclusiva e por tempo prolongado. De acordo com a OMS, amamentação exclusiva significa que a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos (WHO, 2007). Com relação aos efeitos de longo prazo, observou-se que a amamentação também protege as crianças contra algumas doenças da vida adulta. Crianças amamentadas apresentam, posteriormente, valores mais baixos de pressão sanguínea e colesterol total e menos chance de sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, apresentam melhor desempenho em testes de inteligência. A falta do aleitamento materno tem também implicações econômicas para as famílias e a sociedade. No segundo ano de vida, além da proteção contra doenças, meio litro de leite materno fornece 31% das necessidades diárias de energia, 38% de proteína, 45% de vitamina A e 95% de vitamina C (OMS, 1997). Portanto, o aleitamento materno continua a ser um importante aliado para a segurança alimentar das crianças depois de um ano de idade. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Lei 11.265/2006 são instrumentos que visam proteger a amamentação, com a finalidade de garantir que todas a crianças recebam apenas leite materno nos seis primeiros meses de vida e, que após esse período, continuem sendo amamentados pelo menos até os dois anos e passem a consumir alimentos apropriados para a idade. A Rede International Baby Food Action Network (IBFAN) ou Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar é a única no Brasil e no mundo que possui uma tecnologia de monitoramento constante do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e das Normas Brasileiras de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Esta norma encontra forte amparo legal na Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.8.069/90). A violação desses regramentos sujeita os infratores às sanções previstas na Lei nº 6.437/77, que regulamenta a atuação dos fiscais da Vigilância Sanitária, cujas penalidades serão aplicadas de forma progressiva, de acordo com a gravidade e a freqüência da infração, podendo, inclusive, chegar à apreensão do produto, imposição de multa e interdição do estabelecimento. Conhecendo a Norma Brasileira de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL):
Profissionais de Saúde
Artigo 24 - Compete de forma prioritária aos profissionais e ao pessoal de saúde em geral estimular a prática do aleitamento materno.
Parágrafo Único - Os recursos humanos referidos no caput deste Artigo, em particular os vinculados ao setor público e às instituições conveniadas com o mesmo, deverão familiarizar-se com esta Norma, com vistas a contribuir para a sua difusão, aplicação e fiscalização.
Artigo 25 - A alimentação com o uso de leites infantis modificados deve ser prescrita por médicos ou nutricionistas, podendo ser demonstrada ou orientada por outro profissional de saúde, devidamente capacitado.
Artigo 26 - Fica vedado aos profissionais e pessoal de saúde distribuir amostras de produtos referidos nesta Norma a gestantes, nutrizes ou seus familiares.
Da Educação e Informação ao Público
Artigo 15 - Compete aos órgãos públicos de saúde e de educação a responsabilidade de zelar para que as informações sobre alimentação infantil transmitida às famílias, aos profissionais e pessoal de saúde e ao público em geral sejam coerentes e objetivas. Esta responsabilidade se estende tanto à produção, obtenção, distribuição e ao controle das informações, como à formação e capacitação de recursos humanos.
Das Informações sobre Alimentação:
Compete aos órgãos públicos de saúde, inclusive os de Vigilância Sanitária, às instituições de ensino e pesquisa e às entidades associativas de profissionais, pediatras e nutricionistas a responsabilidade de zelar para que as informações sobre alimentação de lactentes e crianças pequenas transmitidas às famílias, aos profissionais de saúde às famílias e ao público em geral sejam coerentes e objetivas. Essa responsabilidade se estende tanto à produção, obtenção e distribuição e ao monitoramento das informações, quanto à formação e capacitação de recursos humanos.
Artigo 8º - Todo material educativo e técnico-científico, qualquer que seja a sua forma, que trate de alimentação de lactentes, deve se ater aos dispositivos desta Norma e incluir informações claras sobre os seguintes pontos:
I - Os benefícios e a superioridade da amamentação.
II - Orientação sobre a alimentação adequada da gestante e da nutriz, com ênfase no preparo para início e a manutenção de aleitamento materno até 2 anos idade ou mais.
III - Efeitos negativos do uso da mamadeira, do bico e das chupetas sobre o aleitamento natural, particularmente no que se refere à dificuldade para o retorno da amamentação.
IV - As implicações econômicas por optar pelos alimentos substitutos do leite materno e ou humano e prejuízos causados à saúde do lactente pelo uso desnecessário ou inadequado de tais alimentos.
§1º Os materiais educativos e técnico-científicos não poderão conter imagens ou textos, mesmo de profissionais ou autoridades de saúde, que recomendem ou possam induzir o uso de chupetas, bicos e mamadeiras ou o uso de alimentos para substituir o leite materno.
§2º Os materiais educativos e ou técnico-científicos que tratam de alimentação de lactentes não podem ser produzidos ou patrocinados por distribuidores, fornecedores, importadores ou fabricantes de produtos abrangidos por esta Norma.
Da Rotulagem:
Proibido:
1) Usar fotos ou desenhos de lactentes, crianças pequenas ou outras figuras humanizadas que induzam o uso para essa faixa etária;
2) Utilizar expressões que sugiram forte semelhança do produto com o leite materno;
3) Utilizar expressões que induzam dúvida quanto a capacidade das mães em amamentar;
4) Utilizar expressões que identifiquem o produto como o mais adequado para alimentação infantil;
5) Informações que induzam o uso baseado em falso conceito de vantagem ou segurança;
6) Promover produtos da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos.
Advertências Obrigatórias:
Leite integral e similares de origem vegetal ou mistos, enriquecidos ou não:
AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento materno evita infecções e alergias e deve ser mantido até a criança completar 2 (dois) anos de idade ou mais.
4.4 - Rótulos de Bicos, chupetas, mamadeiras e protetores de mamilo:
As vantagens e a proteção à saúde da criança, proporcionados pela prática da amamentação, são amplamente demonstrados por meio de pesquisas.
Diversos estudos demonstram que o uso de chupetas e mamadeiras aumenta as chances de doenças e problemas orofaciais em crianças. Além disso, dificulta o estabelecimento da amamentação, contribuindo também para diminuir sua duração. Contudo, o uso de chupeta e mamadeira é fortemente influenciado por fatores culturais. É comum as mães alegarem o uso destes artefatos por acharem que são bonitos ou que acalmam o choro do bebê. Sabe-se que a embalagem e o rótulo são utilizados pelas empresas fabricantes como ferramenta de persuasão para a venda de seus produtos e colaboram em grande medida para a decisão do consumidor em comprar ou não determinado objeto. Dessa forma, tornam – se poderoso instrumento de comunicação e convencimento, influenciando o comportamento do consumidor.
O que determinam a NBCAL e Lei 11.265/2006:
Da Rotulagem: Rótulo, segundo a RDC 221/2002, item 2.23 “é toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada, colada ou fundida sobre o recipiente e ou sobre embalagem de chupeta, bico, mamadeira ou protetor de mamilo.”
Proibido:
1) Utilizar ilustrações, fotos ou imagens de crianças.
2) Utilizar figuras humanizadas, ilustrações ou personagens infantis que se assemelhem a lactentes e crianças de primeira infância, humanos ou não, que estejam utilizando, ou não, mamadeiras e chupetas.
3) Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das mães de amamentar ou sugerir semelhança do produto com a mama ou mamilo.
4) Utilizar expressões ou denominações como “baby” ou similares, ou outras que identifiquem o produto como apropriado para o uso infantil.
5) Usar expressões ou informações que induzam ao uso baseado em falso conceito de vantagem ou segurança.
6) Promover o produto ou outros produtos de que tratam estes regulamentos.
Advertências Obrigatórias:
- Para rótulo de bicos, chupetas e mamadeiras: “O Ministério da Saúde adverte: a criança que mama no peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica o aleitamento materno.”
É preciso que toda sociedade, profissionais de saúde, meios de comunicação, empregadores, governos, Ministério Público, Vigilância Sanitária e PROCON monitorem a NBCAL e o cumprimento das leis de proteção à amamentação.
Projeto MATERNAR
Programa AMAMENTARAXÁ
Secretaria Municipal de Saúde de Araxá
Setor de Saúde Mental
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