Trinta e cinco serviços na área de Saúde Mental, entre Centros de Atenção Psicossocial - CAPSAD (17), CAPSi (11), CAPS III (7) foram inaugurados desde 2009, quando foi lançado o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e Outras Drogas (PEAD) pela Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde.
Além disso, três editais foram lançados para reforçar ações diferenciadas ligadas à dependência de drogas: um de Redução de Danos, em parceria com o programa de AIDS para apoiar 24 projetos, um edital de Consultórios de Rua, que resultou num investimento de R$ 700 mil e apoiou 14 projetos e uma pesquisa sobre Usuários de Crack, que ficará pronta em 2010. O balanço com as ações de 2009 foi apresentado durante a XI Reunião do Colegiado de Coordenadores de Saúde Mental de todo o país, que aconteceu nos dias 11 e 12 de março, em Brasília.
"Com, o tempo, o perfil das ações da Saúde Mental vem se modificando. Percebemos que o modelo tradicional não funciona para o paciente dependente, pois muitas vezes são populações vulneráveis que não estão acostumadas a buscar um serviço de saúde", afirma o coordenador de Saúde Mental, da Secretaria de Atenção à Saúde, Pedro Gabriel Delgado.
Para o consultor do Ministério da Saúde, Luciano Elia, este é um questionamento a ser feito pelos próprios serviços. "É preciso parar de pensar por que o usuário não vai à rede e começar a segui-lo, no seu próprio circuito", propôs, durante a reunião de colegiado.
Essa medida, além de ampliar o acesso do usuário de drogas aos serviços de saúde, pode também colaborar para aumentar a adesão ao tratamento, que hoje é difícil. Em São Paulo, a coordenadora Rosana Dias conta que na região central da capital existem 11 mil moradores de rua - nas áreas da Luz, Sé e República - que recebem algum tipo de atendimento em Saúde. "A região possui três unidades básicas de saúde, três ambulatórios dois CAPS, sendo um deles CAPS-AD. São mais de 60 mil abordagens e 1.500 pessoas que recebem algum tratamento em saúde, mas a população entra e sai e não adere", conta Rosana.
A adesão pode ainda ficar prejudicada, já que os usuários de drogas contam apenas com o horário comercial para serem atendidos nos CAPS. Para Eraldo do Nascimento, de Carapicuíba, uma saída seria a mudança nos horários. "Um serviço que vai acolher o usuário de drogas tem que abrir outros horários, não pode abrir só pela manhã e à tarde", criticou. O incentivo à criação de mais CAPs AD de 24 horas foi uma das principais decisões do Colegiado.
O coordenador de saúde mental do Ceará, Marcelo Brandt, diz que a estreita articulação entre os CAPS AD e a Atenção Básica tem contribuído para ampliar a adesão ao tratamento.
NASF - A Área Técnica de Saúde Mental inovou também suas ações ao aumentar sua inserção na atenção básica. Dados do Departamento de Atenção Básica revelam que 85% dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) têm psicólogos como profissionais. "Essa é a segunda categoria profissional mais prevalente nos NASF, isso pode indicar que eles já recebem algum atendimento em Saúde Mental", comenta Francisco Cordeiro, consultor do Ministério da Saúde.
A intersetorialidade das ações também traz à tona a definição das atribuições de responsabilidades. A saúde é apenas um dos setores que pode auxiliar no problema da drogadição, mas há muitas áreas que têm interface com a questão. São elas trabalho, educação, cultura, assistência social. O Ministério da Saúde já fomenta 393 iniciativas de geração de trabalho e renda, em cooperação com o Ministério do Trabalho, por meio do Programa Nacional de Saúde Metal e Economia Solidária.
Além disso, três editais foram lançados para reforçar ações diferenciadas ligadas à dependência de drogas: um de Redução de Danos, em parceria com o programa de AIDS para apoiar 24 projetos, um edital de Consultórios de Rua, que resultou num investimento de R$ 700 mil e apoiou 14 projetos e uma pesquisa sobre Usuários de Crack, que ficará pronta em 2010. O balanço com as ações de 2009 foi apresentado durante a XI Reunião do Colegiado de Coordenadores de Saúde Mental de todo o país, que aconteceu nos dias 11 e 12 de março, em Brasília.
"Com, o tempo, o perfil das ações da Saúde Mental vem se modificando. Percebemos que o modelo tradicional não funciona para o paciente dependente, pois muitas vezes são populações vulneráveis que não estão acostumadas a buscar um serviço de saúde", afirma o coordenador de Saúde Mental, da Secretaria de Atenção à Saúde, Pedro Gabriel Delgado.
Para o consultor do Ministério da Saúde, Luciano Elia, este é um questionamento a ser feito pelos próprios serviços. "É preciso parar de pensar por que o usuário não vai à rede e começar a segui-lo, no seu próprio circuito", propôs, durante a reunião de colegiado.
Essa medida, além de ampliar o acesso do usuário de drogas aos serviços de saúde, pode também colaborar para aumentar a adesão ao tratamento, que hoje é difícil. Em São Paulo, a coordenadora Rosana Dias conta que na região central da capital existem 11 mil moradores de rua - nas áreas da Luz, Sé e República - que recebem algum tipo de atendimento em Saúde. "A região possui três unidades básicas de saúde, três ambulatórios dois CAPS, sendo um deles CAPS-AD. São mais de 60 mil abordagens e 1.500 pessoas que recebem algum tratamento em saúde, mas a população entra e sai e não adere", conta Rosana.
A adesão pode ainda ficar prejudicada, já que os usuários de drogas contam apenas com o horário comercial para serem atendidos nos CAPS. Para Eraldo do Nascimento, de Carapicuíba, uma saída seria a mudança nos horários. "Um serviço que vai acolher o usuário de drogas tem que abrir outros horários, não pode abrir só pela manhã e à tarde", criticou. O incentivo à criação de mais CAPs AD de 24 horas foi uma das principais decisões do Colegiado.
O coordenador de saúde mental do Ceará, Marcelo Brandt, diz que a estreita articulação entre os CAPS AD e a Atenção Básica tem contribuído para ampliar a adesão ao tratamento.
NASF - A Área Técnica de Saúde Mental inovou também suas ações ao aumentar sua inserção na atenção básica. Dados do Departamento de Atenção Básica revelam que 85% dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) têm psicólogos como profissionais. "Essa é a segunda categoria profissional mais prevalente nos NASF, isso pode indicar que eles já recebem algum atendimento em Saúde Mental", comenta Francisco Cordeiro, consultor do Ministério da Saúde.
A intersetorialidade das ações também traz à tona a definição das atribuições de responsabilidades. A saúde é apenas um dos setores que pode auxiliar no problema da drogadição, mas há muitas áreas que têm interface com a questão. São elas trabalho, educação, cultura, assistência social. O Ministério da Saúde já fomenta 393 iniciativas de geração de trabalho e renda, em cooperação com o Ministério do Trabalho, por meio do Programa Nacional de Saúde Metal e Economia Solidária.
Coordenação Nacional de Saúde Mental
Ministério da Saúde
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