Quando pensamos em organização de serviços na rede pública de saúde, não podemos deixar de considerar, em hipótese nenhuma, a necessidade de que todas as ações sejam desenhadas e desenvolvidas em consonância entre si. A construção de Planos e Projetos de forma desarticulada resulta em ações desencontradas ou em falta de ação. Considerando-se a importância da inserção da Saúde Mental na Atenção Básica de Saúde (PSFs), por exemplo, espera-se que uma seja permeada pela outra intimamente. Para tanto, faz-se necessário que áreas extremamente afins funcionem sob uma lógica que seja harmônica. Novamente, a importância de compreender os princípios que regem o SUS se faz presente, para que tais articulações sejam possíveis. "Para que a Saúde Mental aconteça de fato na Atenção Básica é fundamental que os princípios do SUS se transformem em prática cotidiana. Na articulação entre a Saúde Mental e a Atenção Básica o Apoio Matricial constitui-se em um arranjo organizacional, visando ações conjuntas. Nesse arranjo, o profissional da saúde mental responsável pelo apoio participa de reuniões de planejamento das equipes de ESF, realiza ações de supervisão, discussão de casos, atendimento compartilhado e atendimento específico, além de participar das iniciativas de capacitação. Esse compartilhamento se produz em forma de co-responsabilização pelos casos, que pode se efetivar por meio de discussões conjuntas, intervenções junto às famílias e comunidades." A impossiblidade desse diálogo impede que ações de extrema importância para a população sejam viabilizadas.
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